INVESTIGAÇÃO

Pedófilo preso no DF recebia oito salários mínimos por mês no BRB

Daniel Moraes Bittar entrou como analista de tecnologia da informação I no Banco de Brasília em julho de 2015. Após a divulgação do escândalo, o BRB anunciou a demissão dele

O homem acusado de sequestrar, dopar e estuprar uma criança de 12 anos estava no Banco de Brasília, o BRB, desde julho de 2015. Aprovado no concurso público realizado em 2013 pela instituição financeira, Daniel Moraes Bittar, 42 anos, entrou como analista de tecnologia da informação I e tinha uma remuneração líquida em torno de oito salários mínimos e meio em 2023. Após a divulgação do escandâlo, o BRB anunciou a demissão de Daniel.

Reprodução/Portal da Transparência - Contracheque de Daniel Moraes Bittar, referente a abril de 2023, no BRB

Morador da 411 Norte, segundo dados do Portal da Transparência do Governo do Distrito Federal, Daniel tirou férias em abril deste ano. Confira as remunerações recebidas por ele em 2023:

  • Janeiro: R$ 12.883,41 brutos, com líquido de R$ 9.443,75
  • Fevereiro: : R$ 12.454,11 brutos, com líquido de R$ 9.132,51
  • Março: R$ 11.619,66 brutos, com líquido de R$ 8.367,49
  • Abril: R$ 16.585,10 brutos, com líquido de R$ 12.854,88

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga se Daniel Moraes Bittar, preso nesta quinta-feira (29/6) acusado de sequestrar e estuprar uma adolescente de 12 anos, está envolvido com rede de pedofilia. De acordo com João Guilherme Medeiros Carvalho, delegado da 2ª Delegacia de Polícia, da Asa Norte, a possibilidade não é descartada.

Segundo os investigadores, a organização de Daniel e da cúmplice, Geisy de Souza, de 22 anos, para raptar a adolescente chamou a atenção da polícia. No apartamento do acusado, foram encontradas uma garrafa de clorofórmio, usada para desmaiar a vítima; fita silver-tape, que seria para vedar a boca da menina; a mala usada no crime e uma máquina portátil de choque.

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