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Para presidente da Fecomércio, votação da reforma tributária deve ser adiada

Em edição especial do CB. Poder, o presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, disse que a proposta da reforma tributária precisa de uma discussão mais ampla e defende que a votação seja adiada para o segundo semestre de 2023

Ana Luiza Moraes*
postado em 05/07/2023 18:02 / atualizado em 05/07/2023 18:03
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido Freire, foi o entrevistado da edição especial do CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quarta-feira (5/7). Em entrevista ao jornalista Lucas Mobile, o empresário discutiu os impactos da reforma tributária na população e disse que não acredita que o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) prejudique o orçamento do governo.

Para José Aparecido, embora a reforma tributária seja necessária, deve ser melhor discutida antes da votação, prevista para ocorrer até esta sexta-feira (7/6). Para o presidente da entidade, os cálculos e a forma de transição da tributação atual são questões que não foram esclarecidas, e defende que a votação seja adiada para o segundo semestre do ano.

“A reforma é necessária, apenas achamos que ela não pode ser votada tão rapidamente assim”, afirmou.

O presidente explica que, caso aprovada, a proposta causará impactos negativos ao governo, ao setor produtivo e, principalmente, à população. “O aumento de imposto, quem paga, é a população. Claro que prejudica os negócios, mas se houver um aumento da carga tributária, o principal prejudicado é o consumidor”, afirma. “Eu entendo que, realmente, tem que aprovar neste ano, mas precisa de uma discussão mais ampla, não dá para votar de qualquer jeito”, opina.

Em relação ao FCDF, José Aparecido compreende que a retirada do recurso implicaria em grandes perdas na educação, segurança e saúde da capital, especialmente para a população carente do Entorno do DF.

“O fundo dá capacidade e segurança para as novas cidades, que são populações bem carentes. Se as pessoas que vierem de fora forem visitar outras cidades fora do eixo de Brasília vão ver que é realmente uma cidade que precisa do FCDF”, declarou. “Foi uma batalha dura conquistada ao longo do tempo, e não achamos justo mexer nisso que, no meu entendimento, não vai prejudicar o orçamento do governo federal”, completou o empresário.

José Aparecido contou que a Fecomércio-DF tem um plano estratégico elaborado, tanto para o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF) quanto para o Serviço Social do Comércio Página Inicial (Sesc-DF), para a ampliação de unidades até 2026, a fim de gerar empregos e renda em diversas áreas.

A Federação também tem se empenhado para trazer eventos de cultura e lazer gratuitos à população do Entorno, como as festas juninas do Sesc-DF, promovidas nas últimas semanas. Para setembro, ele mencionou uma programação com diversos shows e eventos, que serão realizados no Parque da Cidade.

*Estagiária sob a supervisão de Patrick Selvatti

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