Crime

Mulher foi morta por companheiro que suspeitava de traição em festa de Natal

Polícia suspeita de que o crime tenha ocorrido na tarde de Natal. O acusado, José da Luz Bento da Conceição, está sob custódia no hospital após tentar tirar a própria vida

Alzira do Nascimento, mãe de Patrícia do Nascimento, pede Justiça -  (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
Alzira do Nascimento, mãe de Patrícia do Nascimento, pede Justiça - (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
postado em 26/12/2023 20:48

Patrícia do Nascimento Feitosa, de 44 anos, foi morta a facadas dentro de casa, na QNN 3 de Ceilândia Norte, pelo companheiro José da Luz Bento da Conceição, 41, na tarde de Natal. O feminicídio ocorreu porque o assassino suspeitava de uma traição ocorrida em uma festa, em 24 de dezembro.

Patrícia foi assassinada dentro de casa. José e a vítima teriam ido a uma festa, na noite do último domingo (24/12), quando, no local, houve um desentendimento entre o casal. A vítima ficou na comemoração, acompanhada de outras pessoas, enquanto José retornou para casa. No momento em que Patrícia retornou à residência, os dois tiveram uma nova discussão.

O caso só veio à público na tarde desta terça-feira (26/12), quando o assassino compareceu à 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), com cortes profundos no pescoço e nos dois pulsos. Aos agentes, José, inicialmente, não contou que havia matado a companheira, mas apenas revelou que “queria morrer”, pois havia sido traído por Patrícia. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado e atendeu a ocorrência na delegacia.

Agentes da 15ª DP, desconfiados da versão dele, foram ao endereço de José. No local, os policiais encontraram o corpo de Patrícia com uma poça de sangue ao lado. Depois, José confessou aos socorristas que o atendiam na delegacia que assassinou a companheira. O assassino disse aos bombeiros que pegou uma faca na cozinha e deu vários golpes na barriga da companheira, que não resistiu e morreu no local.

A perícia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi acionada. José da Luz foi encaminhado ao Hospital de Base para uma cirurgia. O assassino deverá descer para o Complexo Penitenciário da Papuda ainda nesta terça, enquanto a audiência de custódia dele está prevista para ocorrer na quarta-feira (27/12).

Feminicídio

A polícia registrou outro feminicídio nesta terça. Michele Carvalho Magalhães, de 30 anos, foi encontrada ao lado do veículo dela, um Fiat Mobi, após ter colidido com o automóvel na porta de um comércio da região. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), ela levou dois tiros. Quando os socorristas chegaram no local, por volta de 4h30, ela já estava sem vida.

As investigações da morte dela ganharam novos capítulos ao decorrer do dia. Uma das linhas traçadas pela polícia é de que o ex-namorado da vítima, que saiu no último saidão de fim de ano, seja o assassino.

Michele contou aos familiares que o relacionamento com o ex-namorado foi conturbado. Ele foi preso por tráfico de drogas, em dezembro de 2021, e Michele nunca o visitou na cadeia. O homem foi um dos 1,8 mil presidiários liberados no saidão de Natal, no último dia 22 de dezembro, e Michele contou que havia sido jurada de morte pelo homem.

Uma outra linha de investigação é que enquanto o ex-namorado estava preso, Michele se relacionou com um outro rapaz. Em 2022, ela teria desferido um tiro na ex-namorada dele e, por isso, está respondendo o caso em liberdade. O Correio não irá divulgar os nomes para preservar a investigação. Somado os dois casos, o DF chega a triste marca de 34 feminicídios em 2023.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->