CULTURA

Apresentações de dança encerram eventos de reinauguração do Teatro Nacional

A Sala Martins Pena, inaugurada em 1966 como o primeiro espaço do Teatro Nacional Claudio Santoro, é novamente pioneira na obra da revitalização do espaço

Reinauguração do Teatro Nacional  -  (crédito: Mariana Saraiva/CB.D.A press)
Reinauguração do Teatro Nacional - (crédito: Mariana Saraiva/CB.D.A press)

A dança encerrou com chave de ouro o projeto Viva o Teatro, que comemorou a tão aguardada reabertura do Teatro Nacional Claudio Santoro após uma década de portas fechadas. Nesta quinta-feira (26/12), a Sala Martins Pena transformou-se em um palco repleto de emoções e histórias, onde diferentes companhias de dança encantaram o público.  

O espetáculo teve início com a apresentação da Síntese Cia de Dança e sua obra Corpo em Serenata, que trouxe leveza e harmonia. Na sequência, a Transições Companhia de Dança e Artes levou o público a um passeio pelas tradições brasileiras com Na Pegada Popular no Coração do Brasil. As apresentações continuaram com a performance de Shamsa Nureen em Magia do Oriente. Por fim teve o Boi de Seu Teodoro, um verdadeiro tesouro cultural, reconhecido como Patrimônio Imaterial do Distrito Federal.  

Para muitos, o retorno à Sala Martins Pena foi mais do que um espetáculo; foi uma viagem no tempo. Violet Vitória de Castro Pereira, de 22 anos, compartilhou a emoção de visitar o teatro pela primeira vez. “É um marco para mim. Nasci em Brasília, mas nunca tive a chance de conhecer o teatro. A reabertura traz esperança, embora ainda haja muito a ser feito para que ele recupere toda sua grandiosidade. É um lugar que precisa ser vivido por todos nós”, reflete.  

A reabertura despertou memórias em quem já pisou naquele palco. Lívia Bennet, 44, não conteve a emoção. “Ver a Sala Martins Pena renascer depois de 10 anos é indescritível. Eu mesma já me apresentei aqui, e agora vejo a dança encerrando esse ciclo de forma tão especial. Que o Teatro Nacional volte a ser o coração cultural de Brasília!”, declarou, esperançosa de que a Sala Villa-Lobos seja a próxima a renascer.  

Raíssa Alvim, 31, afirma que o momento traz nostalgia e pertencimento cultural . “Cresci neste teatro. Ele não é apenas um espaço físico, mas parte da identidade de Brasília. Precisamos de mais movimentos assim para que a cidade alcance o protagonismo cultural que merece, ao lado de grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro”, afirma com entusiasmo.  

 

Um legado 

A Sala Martins Pena, inaugurada em 1966 como o primeiro espaço do Teatro Nacional Claudio Santoro, é novamente pioneira na obra da revitalização. As obras de modernização, iniciadas em dezembro de 2022, respeitaram as diretrizes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), preservando as características históricas e assegurando acessibilidade, segurança e modernidade, segundo o Governo do Distrito Federal.  

A reinauguração da Sala Martins Pena, em 18 de dezembro, marcou apenas o início do plano de revitalização do Teatro Nacional. Com orçamento estimado em R$ 315,6 milhões, as próximas etapas incluirão a restauração do foyer da Sala Villa-Lobos, o Espaço Cultural Dercy Gonçalves e a Sala Alberto Nepomuceno.  

A Novacap já iniciou o processo de seleção para as empresas responsáveis pela continuidade das obras, com avaliação prevista para fevereiro de 2025. Mais informações estão disponíveis no site oficial da Novacap. 








Mariana Saraiva
postado em 26/12/2024 21:11
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