Na manhã desta segunda-feira (26/10), a apresentadora Ana Maria Braga iniciou o programa Mais você com uma tipoia e faixas na mão. Ela logo esclareceu que estava com síndrome do carpo, também chamada de síndrome do túnel do carpo.
A síndrome do túnel do carpo é causada pela compressão do nervo que passa pelo antebraço, por dentro do punho, e que vai até a mão, no chamado nervo mediano. Na passagem pelo punho, ele pode ser comprimido pelas estruturas que formam o chamado "túnel", que são os ossos da mão e alguns ligamentos que mantêm tudo na posição. Isso acaba fazendo uma compressão, que provoca os sintomas.
De acordo com o neurologista Carlos Uribe, do Hospital Brasília, os sintomas mais comuns são: dor na distribuição do nervo mediano (que engloba os dedos polegar, indicador e do meio, e a palma da mão embaixo desses dedos) e dor no punho que pode acabar indo para região do antebraço. "Raramente a dor erradia para outros lugares, mas pode acontecer indo para o braço e até para o ombro. Às vezes, a pessoa percebe até uma perda de destreza nos movimentos da mão e uma dificuldade para ter força, como segurar algumas coisas com a mão", detalha.
Segundo o neurologista, o diagnóstico é clínico, pelos sintomas que a pessoa refere, podendo ser feito algumas manobras para ver se realmente há essa compressão, como um aperto no punho para ver se a pessoa sente dor onde passa o nervo. "Existe também um exame chamado eletroneuromiografia, que pode dar uma medida mais objetiva para saber se esse nervo está íntegro ou se por causa da compressão aconteceu alguma lesão ao nervo, se as informações através do nervo estão passando corretamente ou se há um bloqueio no passo de informações", explica.
O tratamento, na maior parte das vezes, é feito com anti-inflamatório para diminuir a inflamação e o inchaço. Também é recomendado usar tala para evitar posições que acabam machucando o nervo. Em casos em que o uso de medicamentos não ajuda e a dor permanece, pode ser feita uma cirurgia de descompressão — que foi o caso da apresentadora —, na qual se cortam alguns ligamentos do punho, o que libera espaço para as estruturas que estavam dentro do túnel não ficarem mais tão apertadas.
"A cura seria um tratamento com medicamentos, fazer repouso para não forçar posições que prejudiquem mais. A prevenção é evitar posições que podem gerar essa inflamação, como movimentos repetitivos. Para a saúde, na verdade, é o desconforto da dor, mas não coloca em risco a vida da pessoa", conclui o médico.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.