Pandemia

Vacina protege crianças contra covid-19, indica estudo norte-americano

Já entre os adolescentes de 12 a 18 anos, a vacinação foi 92% eficaz contra a hospitalização com a variante delta, caindo para 40% com a ômicron

Correio Braziliense
postado em 31/03/2022 06:00 / atualizado em 31/03/2022 08:59
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Um estudo realizado nos EUA e publicado no The New England Journal of Medicine mostra que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos reduziu as hospitalizações por covid-19 em mais de dois terços, durante o surto norte-americano da variante ômicron, além de protegê-las contra doenças graves. O imunizante ao qual a pesquisa se refere é o da Pfizer/BionTech.

"A razão para uma criança receber a vacina é prevenir complicações graves da infecção por Sars-CoV-2, incluindo a hospitalização", diz Adrienne Randolph, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e coautora do estudo. "Esta evidência mostra que a vacinação reduz substancialmente esse risco em crianças de 5 a 11 anos."

O estudo aproveitou dados da rede nacional Overcoming covid-19 Network, que Randolph lançou em 2020. Incluiu 1.185 crianças com a doença, em 31 hospitais pediátricos nos EUA: 918 adolescentes de 12 a 18 anos e 267 meninos e meninas de 5 a 11. A equipe também recrutou pacientes de idade semelhante que foram hospitalizados por outros motivos e serviram como controles.

Doença grave 

Das crianças de 5 a 11 anos hospitalizadas com covid-19, 92% não foram vacinadas. Destas, 16% estavam gravemente doentes, precisando de medidas de suporte à vida, como intubação. Destas, 90% não haviam recebido imunização. Com base nas observações, os pesquisadores calculam que duas doses da vacina Pfizer-BioNTech foram 68% eficazes na prevenção da internação durante o surto da variante ômicron. Como essa faixa etária só recentemente se tornou elegível para a vacina, os números não foram suficientes para avaliar a doença crítica separadamente.

Entre os adolescentes de 12 a 18 anos, a vacinação foi 92% eficaz contra a hospitalização com a variante delta, caindo para 40% com a ômicron. Em termos de prevenção de doenças críticas, a imunização foi 96% efetiva no período da primeira e 79% na segunda.

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