ASTRONOMIA

Mapa revela detalhes da Via Láctea com 3,3 bilhões de objetos celestes

O levantamento foi obtido por meio de comprimentos de onda ópticos e infravermelhos próximos. Trata-se do maior catálogo da Via Láctea até então, com 10 terabytes de informação

Correio Braziliense
postado em 19/01/2023 16:46 / atualizado em 19/01/2023 16:46
 (crédito: Divulgação/DECaPS2 / DOE / FNAL / DECam / CTIO / NOIRLab / NSF / AURA)
(crédito: Divulgação/DECaPS2 / DOE / FNAL / DECam / CTIO / NOIRLab / NSF / AURA)

Um amplo estudo da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos resultou em um mapa que revela detalhes inéditos da Via Láctea. Trata-se do maior catálogo da galáxia na qual o sistema solar faz parte, com cerca de 3,32 bilhões de objetos celestes detectados. Para o catálogo, foram utilizados dados da Câmera de Energia Escura (DECaPS2) do Observatório Interamericano Cerro Tolo, do Chile. O levantamento produziu mais de 10 terabytes de informação.

O enorme conjunto de dados abrange estrelas, regiões de formações estelares e nuvens escuras de poeira e gás. As imagens estão disponíveis ao público por meio de um visualizador interativo neste link. Todo o resultado gerado neste novo mapa servirá como material de estudo aos astrônomos por longos anos.

  • O levantamento gerou mais de 10 terabytes de informação Divulgação/DECaPS2 / DOE / FNAL / DECam / CTIO / NOIRLab / NSF / AURA / E. Slawik
  • O levantamento gerou mais de 10 terabytes de informação Divulgação/DECaPS2 / DOE / FNAL / DECam / CTIO / NOIRLab / NSF / AURA / E. Slawik
  • O levantamento gerou mais de 10 terabytes de informação Divulgação/DECaPS2 / DOE / FNAL / DECam / CTIO / NOIRLab / NSF / AURA / E. Slawik

"Uma das principais razões para o sucesso do DECaPS2 é que simplesmente apontamos para uma região com uma densidade extraordinariamente alta de estrelas e tivemos o cuidado de identificar fontes que aparecem quase umas sobre as outras", disse Andrew Saydjari, aluno de pós-graduação da Harvard University ao portal Phys.org.

O levantamento foi obtido por meio de comprimentos de onda ópticos e infravermelhos próximos. A quantidade exorbitante de estrelas foi um desafio para os astrônomos, já que o brilho de algumas podem se sobrepor a outras, dificultando a separação dos corpos celestes. "Este é um feito bastante técnico. Imagine uma foto de grupo de mais de três bilhões de pessoas e cada indivíduo é reconhecível", diz Debra Fischer, diretora da divisão de Ciências Astronômicas da Fundação Nacional de Ciências dos EUA.

A maioria dos objetos são "avermelhados e profundos no disco galáctico, sondando a estrutura e as propriedades da Via Láctea e seu meio interestelar", de acordo com os organizadores do projeto."Os astrônomos estarão debruçados sobre este retrato detalhado de mais de três bilhões de estrelas na Via Láctea nas próximas décadas. Este é um exemplo fantástico do que as parcerias entre as agências federais podem alcançar", acrescentou Debra. 

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