CORPO HUMANO

Comprimento médio do pênis aumentou 24% em 29 anos, revela estudo

O crescimento, no entanto, é visto com preocupação pelos especialistas na área

Talita de Souza
postado em 17/02/2023 23:12 / atualizado em 17/02/2023 23:16
Pesquisa analisou 75 estudos que registraram, ao longo de 29 anos, o comprimento médio do pênis de mais de 55 mil homens -  (crédito: Charlesdeluvio/Unsplash)
Pesquisa analisou 75 estudos que registraram, ao longo de 29 anos, o comprimento médio do pênis de mais de 55 mil homens - (crédito: Charlesdeluvio/Unsplash)

O comprimento médio do pênis ereto aumentou 24% em 29 anos, e agora é de 13,93cm. A constatação é de um estudo promovido pelo doutor e professor de urologia da Faculdade de Medicina de Stanford Michael Eisenberg, que analisou pesquisas de especialistas em saúde masculina promovidas entre 1942 e 2021. O crescimento, no entanto, é visto com preocupação pelos especialistas na área.

“O aumento ocorreu em um período de tempo relativamente curto. Qualquer mudança geral no desenvolvimento é preocupante, porque nosso sistema reprodutivo é uma das peças mais importantes da biologia humana. Se estamos vendo uma mudança tão rápida, significa que algo poderoso está acontecendo com nossos corpos”, alerta Michael, autor principal do estudo, em entrevista para a Stanford Medicine Magazine.

A pesquisa, publicada em 14 de fevereiro no The World Journal of Men’s Health, analisou 75 estudos que registraram o comprimento do pênis de 55.761 homens e revelou que a tendência de crescimento foi detectada em todo o mundo, o que sugere ter uma causa global e não apenas fatores regionais. Para a equipe de pesquisadores, os fatores ambientais — como poluentes e exposição a produtos químicos — ou estilo de vida sedentário são os responsáveis pela mudança brusca.

“Produtos químicos desreguladores endócrinos - existem muitos - existem em nosso ambiente e em nossa dieta. À medida que mudamos a constituição do nosso corpo, isso também afeta nosso ambiente hormonal. A exposição a produtos químicos também foi apontada como uma causa para meninos e meninas entrarem na puberdade mais cedo, o que pode afetar o desenvolvimento genital”, detalha o professor.

Os fatores, inclusive, já provocaram outras mudanças na saúde masculina, lembra Michael. A contagem de esperma e os níveis de testosterona em homens são exemplos que levaram o especialista a verificar se os impactos ambientais também promoveram mudanças físicas nesse público.

“Dadas as tendências que vimos em outras medidas da saúde reprodutiva masculina, pensamos que poderia haver um declínio no comprimento do pênis devido às mesmas exposições ambientais”, conta.

A teoria de Michael, no entanto, era que o pênis teria diminuído nos últimos anos. Ao conduzir o estudo, percebeu que a hipótese estava errada. Anteriormente, a média de tamanho de um pênis ereto era de 10,5cm. 

“Conduzimos uma meta-análise na qual examinamos todos os relatórios, até onde sabemos, sobre o comprimento do pênis. Observamos o comprimento flácido, esticado e ereto e criamos um grande banco de dados de medidas. O que descobrimos foi bem diferente das tendências em outras áreas de fertilidade e saúde masculina”, detalha.

Próximos passos

Agora, a equipe da Faculdade de Medicina de Stanford planeja verificar se os impactos ambientais também atingem outras populações, como crianças em fase de crescimento. Os pesquisadores querem analisar o banco de dados nacional de registro de altura e peso alimentado por pediatras para verificar se não há alterações significativa. Se houver, diz Michael, a exposição a produtos químicos pode “se tornar um indicador precoce de mudanças no desenvolvimento humano”.

“Além disso, se houver dados granulares sobre fatores de estilo de vida ou exposições ambientais, podemos tentar entender por que isso pode estar acontecendo. Por fim, acho importante perguntar se há mudanças semelhantes ocorrendo nos órgãos reprodutivos das mulheres”, conclui.

Notícias no seu celular

O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE