Medicamento

EUA aprovam remédio feito com bactérias de fezes humanas para tratar infecção

O Vowst, nome comercial do medicamento, foi aprovado pela FDA, agência reguladora do país, nesta quarta (26). O remédio é eficaz no combate de infecções intestinais graves

Yasmin Rajab
postado em 27/04/2023 11:31 / atualizado em 27/04/2023 11:59
 (crédito: Freepik/Reprodução)
(crédito: Freepik/Reprodução)

Nesta quarta-feira (26), os Estados Unidos aprovaram um medicamento produzido com bactérias benéficas encontradas em fezes humanas, eficaz no combate de infecções intestinais graves. O remédio é o primeiro feito de microbiota fecal. 

O Vowst, nome comercial do produto, foi aprovado pela Food and Drug Administration dos EUA (FDA), agência reguladora do país. O remédio é uma opção para os transplantes de microbiota fecal.

O medicamento, administrado via oral, é eficaz na prevenção da recorrência da infecção por Clostridioides difficile (CDI) - uma bactéria que pode ser transmitida por meio dos alimentos.  

A doença é comum nos EUA e afeta cerca de 500 mil americanos por ano, causando a morte de cerca de 15 a 30 mil pessoas. O uso das cápsulas será feito em pessoas com 18 anos ou mais, após tratamento antibacteriano para CDI recorrente.

A bactéria pode se multiplicar e liberar toxinas, causando náuseas, cólicas, diarreias intensas, dor abdominal, febre e, em alguns casos, falência de órgãos, podendo levar à morte. O risco da doença aumenta em pessoas de idade acima de 65 anos, hospitalização, residência em asilo, sistema imunológico enfraquecido e/ou ter pego a doença anteriormente. 

De acordo com a FDA, a administração da microbiota fecal pode facilitar a restauração da flora intestinal para prevenir novos episódios de CDI. A dosagem indicada do Vowst é de quatro cápsulas tomadas uma vez ao dia, durante três dias consecutivos. 

O medicamento contém bactérias vivas e é fabricado a partir de matéria fecal humana doada por indivíduos qualificados. O estudo, conduzido nos EUA e no Canadá, foi feito com participantes que tiveram CDI recorrente. Após 48 a 96 horas pós-tratamento, os sintomas foram controlados. 

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