Jornal Correio Braziliense

Exploração Espacial

Empresa japonesa tentará pouso histórico na Lua nesta terça (25); entenda

A missão Hakuto-R Mission 1 consiste em pousar um módulo de três metros de altura e 340 quilos de peso, que já está em órbita desde março, no solo da Lua

Um marco histórico dentre os diversos já alcançados durante explorações espaciais pode ser realizado nesta terça-feira (25/4). A start-up espacial japonesa Ispace pretende ser a primeira empresa privada a pousar um módulo na Lua, se tudo correr bem.

O módulo que pretende pousar no solo lunar se chama Hakuto-R Mission 1 e tem três metros de altura e 340 quilos de peso. Ele irá transportar vários rovers lunares, incluindo um modelo em miniatura japonês de apenas oito centímetros.

O módulo está na órbita da Lua desde março e, a partir das 12h, no horário de Brasília, o Youtube da empresa fará uma transmissão para acompanhar a descida dele em direção ao satélite natural da Terra.

A previsão é que tudo aconteça a partir das 12h40 quando o módulo vai desacelerar sua órbita por cerca de 100 quilômetros acima da Lua e vai ajustar a velocidade e altitude para um "pouso suave" quase uma hora depois. Contudo, o sucesso da missão ainda não está garantido. 

As únicas potências que conseguiram colocar módulos na superfície da Lua foram os Estados Unidos, Rússia e China e, nos três casos, eram programas desenvolvidos pelo governo. Além disso, em 2019, a empresa israelense SpaceIL também tentou alcançar o feito mas o missão falhou.

No entanto, Takeshi Hakamada, CEO e fundador da empresa, está otimista para a missão nesta terça-feira (25). "O cenário está preparado. Eu desejo ser testemunha deste dia histórico, que marca o início de uma nova era nas missões lunares comerciais", afirma. 

A empresa conta apenas com 200 funcionários e pretende "ampliar a esfera da vida humana ao espaço e criar um mundo sustentável, fornecendo serviços de transporte de alta frequência e baixo custo para a Lua". A missão deles estabelece "as bases para liberar o potencial da Lua e transformá-la em um sistema econômico robusto e vibrante", afirma Hakamada. 

A empresa acredita também que a Lua pode receber uma população de 1 mil pessoas em 2040, além de 10 mil visitantes por ano.

Acompanhe a missão

*Com informações da Agence France-Presse