DUAS PERGUNTAS PARA Marco Túlio Cintra, médico, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e professor adjunto do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Marco Tulio Cintra -  (crédito: SBGG)
Marco Tulio Cintra - (crédito: SBGG)

Marco Túlio Cintra, médico, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e professor adjunto do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Na sua opinião, é possível se “programar” para uma velhice saudável?

Parcialmente, sim. Mas não totalmente, porque existem alterações doenças genéticas que a pessoa pode desenvolver ou alguma doença precocemente ou vier a falecer precocemente, como um acidente. Quando mais cedo a pessoa se preocupar, melhor vai envelhecer. Mas o ideal é que a pessoa se programe para ter atividade física, exercícios, ter atividade cognitiva boa, lazer, vacinação e todas essas coisas. É possível retardar diabetes e algumas doenças crônicas e isso vai permitir que viva mais tempo. É possível programar, sim.

O estudo menciona medidas de prevenção. Pela sua experiência, pensando em Brasil, quais seriam essas medidas?

Estamos falando desde a infância, quando a criança é estimulada, desde cedo. Já na escola, também tendo oportunidade de ensino. Já na adultos, estamos falando de qualidade de vida mesmo, por exemplo a mobilidade urbana que não ajuda, é a correria. Temos de mudar muito a realidade brasileira, na promoção e prevenção de saúde. No país, temos muito a modificar: mais mobilidade, mais acesso à educação e à saúde, melhoria de diagnóstico precoce, fora os próprios idosos que precisam ter mais oportunidade para viverem ativos. Temos uma população que tem pouca oportunidade, daí se alimenta mal, tem baixa atividade física e pouco acesso a uma série de serviços, daí ocorre o envelhecer mal.

 

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postado em 20/07/2025 06:00
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