
As infecções sexualmente transmissíveis ainda são muito prevalentes no Brasil. Temos estratégias de prevenção para o HIV cada vez mais efetivas, porém as outras condições ainda demonstram taxas muito significativas e muito preocupantes — como a sífilis, a clamídia, o HPV e a gonorreia, que têm a mesma forma de transmissão. Por isso, todas as estratégias que facilitem o rápido diagnóstico, o rápido tratamento, são altamente desejáveis. O diagnóstico da gonorreia é feito muito pelo quadro clínico do paciente. Então, ainda temos essa dificuldade de ter uma avaliação mais precisa. Não conseguimos ainda fazer esse teste de sensibilidade da bactéria aos antibióticos, essa é uma questão que também precisa ser resolvida para o futuro, mas ter uma nova opção de tratamento oral de dose única vai ajudar bastante.
Valéria Paes, médica infectologista do Sírio-Libanês, em Brasília
