ENTENDA!

Especialista faz alerta e critica aceitação de bolsas falsas no Brasil

Kamilla Agacci Boing alerta sobre o impacto no mercado de luxo

Kamilla Agacci Boing -  (crédito: Reprodução Instagram)
Kamilla Agacci Boing - (crédito: Reprodução Instagram)

Kamilla Agacci Boing, empresária e fundadora da Renovando Luxo, tem mais de uma década de experiência no mercado de luxo de segunda mão (2Hand), e nos últimos anos, vem se posicionando fortemente contra a aceitação e disseminação de bolsas falsificadas no Brasil. “É alarmante ver como essas peças, muitas vezes vendidas como ‘primeira linha’, têm se popularizado, especialmente nas redes sociais e em lojas online, onde são oferecidas por preços elevados”, comenta Kamilla, referindo-se ao aumento dessas práticas, que desvalorizam o mercado de luxo e confundem os consumidores.

De acordo com um estudo da Global Trade in Fakes de 2021, o comércio de produtos falsificados movimenta globalmente cerca de US$ 464 bilhões, ou 2,5% do comércio mundial. No Brasil, o problema se agrava com a crescente aceitação social dessas imitações. “Muitas pessoas veem isso como uma forma de ostentar por menos, mas não percebem o impacto negativo que essas práticas têm, não só na indústria da moda, mas também na economia e nos direitos de propriedade intelectual”, explica Kamilla.

Ela ressalta que muitas dessas bolsas falsificadas são produzidas em condições de trabalho exploratórias, sem regulamentação, o que levanta preocupações éticas. Além disso, a empresária destaca a desvalorização das peças de luxo originais. “Quando as imitações são aceitas como equivalentes, o valor intrínseco da qualidade, da história e da autenticidade que uma peça de luxo oferece é diluído”, critica.

Kamilla também observa que muitos consumidores são enganados, pagando altos valores por peças falsificadas acreditando que são de primeira linha. “A internet é o principal palco para isso, onde vendedores prometem qualidade por preços que ainda são altos, mas muito inferiores ao original”, completa.

Por outro lado, Kamilla vê o crescimento do mercado de 2Hand como uma resposta positiva a esses desafios. “Comprar itens de segunda mão autênticos é uma maneira sustentável e ética de adquirir luxo, preservando o valor das marcas e promovendo a economia circular”, conclui a empresária, cujo objetivo é educar os consumidores e promover a autenticidade no setor de luxo.

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postado em 09/10/2024 18:06
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