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Especialista fala sobre os avanços da medicina regenerativa na ortopedia

O especialista detalha como as novas técnicas regenerativas estão beneficiando atletas e idosos

Dr. Pedro Ribeiro revela como a medicina regenerativa está transformando a ortopedia
 -  (crédito: Reprodução Instagram)
Dr. Pedro Ribeiro revela como a medicina regenerativa está transformando a ortopedia - (crédito: Reprodução Instagram)

 

A medicina regenerativa surge como uma revolução na área da saúde, especialmente no campo da ortopedia. Com foco em tratamentos personalizados e técnicas inovadoras, o Dr. Pedro Ribeiro, ortopedista especializado em cirurgia de joelho, destaca como essa abordagem está mudando a forma de tratar lesões e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Sua trajetória começou com a busca por alternativas para pacientes que não podiam se submeter a cirurgias tradicionais. “Em outros países isso já é muito utilizado. Existem alguns grupos no Brasil que já fazem uns estudos bem concretos e eu fui me interessando pelo assunto, buscando um pouco de conhecimento fora do país para poder trazer algumas técnicas que poucas pessoas faziam, principalmente aqui em Brasília.” afirma o especialista.

Embora o nome sugira uma solução mágica para regeneração de tecidos, o Dr. Pedro explica que o conceito vai além. A medicina regenerativa envolve um conjunto de medidas que integram mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada e exercícios físicos, com procedimentos que utilizam substâncias do próprio corpo do paciente. Entre as técnicas mais conhecidas estão o PRP, o plasma rico em plaquetas, derivado do sangue, e o uso de células extraídas da gordura ou da medula óssea. Esses métodos não apenas promovem o controle da inflamação, mas também estimulam a cicatrização e a recuperação de cartilagens e tendões, criando um ambiente favorável à regeneração natural do corpo.

Um dos grandes diferenciais dessa abordagem é a segurança. Por utilizar materiais do próprio paciente, os riscos de rejeição ou complicações são minimizados. Além disso, os procedimentos são realizados de forma minimamente invasiva, muitas vezes guiados por ultrassom, o que aumenta a precisão do tratamento. O Dr. Pedro destaca que, apesar de o Brasil ainda enfrentar desafios regulatórios na área, os avanços em pesquisas e o acompanhamento de estudos internacionais têm impulsionado o desenvolvimento dessa prática.

Entre os pacientes que mais se beneficiam da medicina regenerativa estão atletas e idosos. Nos esportistas, as técnicas ajudam a tratar lesões complexas, como tendinites crônicas, enquanto, nos idosos, os procedimentos promovem alívio da dor causada por artrose, aumentam a mobilidade e reduzem a necessidade de medicamentos. “Esses pacientes que não podem realizar um tipo de cirurgia também são muito beneficiados porque a gente consegue fazer infiltrações intra articulares, por exemplo, artrose de joelho, nas artroses do ombro, mas o joelho, né, minha área de ênfase, esses pacientes conseguem ter um benefício muito grande com o uso das terapias regenerativas como ortobiológicos, ácido hialurônico, bloqueio de nervos periféricos.”, explica o médico.

Os resultados, embora dependam do grau da lesão, costumam ser rápidos. Procedimentos como infiltrações e bloqueios de nervos periféricos garantem alívio imediato e podem ter efeitos duradouros de seis meses a um ano. Esse tempo é suficiente para integrar um tratamento multidisciplinar que combina fortalecimento muscular e reeducação alimentar, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Apesar dos avanços, a medicina regenerativa ainda enfrenta desafios no Brasil, como a falta de regulamentação e a necessidade de mais estudos para aprimorar as técnicas. No entanto, Dr. Pedro acredita que o futuro é promissor. Ele defende que, com padronização e maior acessibilidade, será possível oferecer esses tratamentos a um número crescente de pessoas. Para pacientes que consideram a medicina regenerativa, o médico reforça a importância de uma avaliação individualizada, que permita identificar os casos que realmente se beneficiarão dessa abordagem.

Com otimismo, Dr. Pedro conclui que o futuro da medicina regenerativa é promissor. “Eu acho que é muito importante essa questão da acessibilidade e a medicina regenerativa, falando no termo dos orto-biológicos, falando no termo das técnicas, ela tende a ser, quando a gente tiver isso com uma aplicabilidade maior, com certeza ela pode se tornar mais acessível, a gente vai ter como oferecer isso mais para os pacientes.”

Fabiano Moraes
Fabiano Moraes
FM
postado em 27/01/2025 17:45
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