
A incontinência urinária e a atrofia vaginal afetam milhões de mulheres globalmente, especialmente após a menopausa. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 30% das mulheres acima de 50 anos sofrem com incontinência urinária. Já a atrofia vaginal — caracterizada pelo ressecamento e afinamento do tecido vaginal — impacta até 58% das mulheres no climatério. Diante desse cenário, o laser de CO2 fracionado surge como uma alternativa inovadora, não hormonal, para reverter sintomas e restaurar a saúde íntima.
A ginecologista e Obstetra Dra. Gislaine Borges, especialista em saúde feminina, explica que o equipamento emite feixes de luz que estimulam a produção de colágeno e elastina na região vaginal. Cada sessão dura cerca de 20 minutos e não requer anestesia.
Pacientes com atrofia vaginal, condição associada à queda do estrogênio, relatam dor durante relações sexuais, coceira e inflamações recorrentes. "O laser de CO2 restaura a espessura do epitélio vaginal e a vascularização, aliviando esses sintomas sem a necessidade de terapia hormonal", afirma Dra. Gislaine Borges_. Com uma melhora significativa em 80% das usuárias apresentam melhora significativa após três sessões. A técnica também é indicada para mulheres com contraindicações a hormônios, como histórico de câncer de mama.
Para casos leves a moderados de incontinência urinária de esforço quando há perda de urina ao tossir ou espirrar, o laser age reforçando a musculatura do assoalho pélvico e a sustentação da uretra. Segundo um ensaio clínico publicado no International Urogynecology Journal (2021), o tratamento reduz em 60% os episódios de escape. "É uma opção para quem busca evitar cirurgias ou não respondeu à fisioterapia pélvica", complementa a especialista.
A incontinência e a atrofia vaginal frequentemente abalam a autoestima e a vida social. "Muitas pacientes deixam de praticar atividades físicas ou evitam relações íntimas por constrangimento. O laser não trata apenas o corpo, mas devolve a confiança", finaliza Dra. Gislaine Borges. Segundo levantamentos apresentados no European Journal of Gynecology (2023), as taxas de satisfação com a técnica ultrapassam 85%, consolidando-a como um avanço na medicina feminina, aliando ciência e qualidade de vida.