O crescimento do consumo de obras musicais em discos de vinil, que vem acontecendo ano após ano, não se deve apenas aos colecionadores de longa data deste clássico formato. Agora, no século XXI, o interesse em adquirir os bolachões deve ser creditado às novas gerações, A e Z.
De acordo com uma reportagem da conceituada revista Forbes, artistas que atendem à essas gerações no Brasil, como Matuê, Liniker e Jão, já realizam seus lançamentos em vinil, porque seu público passou a se interessar em obter um produto de um artista. Eles são ávidos consumidores das plataformas digitais, mas já entenderam que, ainda que a sonoridade digital seja ideal, é algo intangível. E isso é pouco para um fã.
Essa mudança no comportamento de consumo dos jovens já causa um impacto financeiro considerável para as agravadoras, como observa Cristina Leuzinger, Gerente de Agenciamento Artístico da Som Livre, em entrevista à Forbes: “Considerando o aumento da procura e consumo dos LPs, é possível entender que será um bom faturamento neste ano. Observamos também uma mudança comportamental do consumidor, com a retomada da busca, diálogos e coleções de vinis".
Ainda de acordo com a publicação, o Brasil é o nono mercado fonográfico mais lucrativo do mundo, com um faturamento de 2,8 bilhões em 2023. Isso representa um crescimento de 13,4% se comparado com 2022, impulsionado pelas vendas do clássico formato que fez muito sucesso entre as décadas de 1960 e 1980.