
Haysam Ali não chegou a Hollywood pela porta da frente nem por um acesso VIP. Ele construiu sua própria entrada. Radicado nos Estados Unidos há 10 anos, o ator brasileiro tem se mantido em constante atividade no cenário artístico americano, acumulando projetos no teatro e no audiovisual.
Entre os destaques de sua trajetória estão o personagem Henry Costa no curta-metragem “Play”, Benvolio na releitura de “Romeu e Julieta” e a peça “Vampire of Rio” (Vampiro de Niterói), que reacendeu sua visibilidade na mídia. Haysam já havia ganhado notoriedade no Brasil ao participar do reality show “A Fazenda de Verão”, que o apresentou ao grande público.
Apesar da carreira em ascensão no exterior, ele mantém o coração e os planos voltados também para o Brasil. Entusiasmado com os rumos de sua trajetória, o ator compartilhou o que mais o surpreendeu na indústria cinematográfica dos Estados Unidos, como foi sua adaptação à arte hollywoodiana e os próximos passos para unir suas raízes brasileiras ao atual momento internacional.
“Fiquei impressionado com o profissionalismo e com a magnitude dos investimentos na indústria do entretenimento em Hollywood, não apenas no audiovisual, mas em tudo que o cerca”, afirma Haysam, que estudou atuação na renomada Stella Adler Academy, em Los Angeles.
“Uma expectativa que caiu por terra foi a ideia de que Hollywood é um espaço exclusivo para americanos. Isso pode ter sido verdade no passado, mas hoje, com dedicação, é possível criar suas próprias oportunidades”, completa.
Inspirado pelo livro “The Third Door”, de Alex Banayan, Haysam abraçou a metáfora da “terceira porta” — aquela que você precisa criar com criatividade, ousadia e persistência — e citou suas referências: “Lady Gaga, Spielberg, Bill Gates... todos encontraram maneiras não convencionais de chegar onde queriam. Eu acredito que Hollywood está cheia de portas esperando para serem criadas. Basta querer.”
Apesar do ritmo intenso de trabalho nos Estados Unidos, o ator não descarta uma aproximação com o mercado brasileiro, muito pelo contrário. “Sem dúvida, o Brasil é minha casa, meu lar. Meu plano é conciliar minha carreira nos dois países, e isso está bem próximo de acontecer, se Deus quiser. Quero levar minha arte ao público brasileiro e construir pontes entre essas duas indústrias”, diz.
Acostumado com a língua inglesa desde a infância, Haysam conta, por fim, que não enfrentou o famoso ‘choque cultural’ ao atuar fora do Brasil. “Minha adaptação foi um processo natural, guiado pela paixão e pela vontade de crescer. Para competir nesse nível, é preciso comprometimento total”, finaliza o ator, que ainda visa conquistar espaço no entretenimento mundial e criar sua própria porta para o sucesso.