
Natural de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Yan vive um dos momentos mais marcantes de sua trajetória. Dono de uma voz que tem conquistado o público dentro e fora das redes, o cantor celebra a boa fase com maturidade e gratidão. “É uma sensação incrível. Ver minhas músicas sendo as mais tocadas no pagode da minha cidade é muito especial, porque foi no Rio que tudo começou. Esse reconhecimento é fruto de muito trabalho, mas também da conexão real que as pessoas criaram com o meu som”, conta o artista, em entrevista exclusiva à Coluna Mariana Morais, do Correio Braziliense.
A história de Yan começou de forma simples, ainda durante a pandemia, em 2020, quando ele começou a postar vídeos caseiros cantando pagode. O talento natural e a autenticidade logo chamaram atenção nas redes sociais. Desde então, o cantor — que iniciou sua jornada musical no universo gospel na adolescência — não parou mais. Hoje, acumula mais de 4,5 milhões de ouvintes mensais no Spotify e mais de 25 milhões de visualizações no YouTube, consolidando-se como uma das novas promessas do gênero.
“Eu acho que o que mais mudou foi a consciência do meu propósito. No começo, eu só queria cantar, dividir o que eu sentia. Hoje eu entendo a responsabilidade e o alcance que a música tem. Aprendi a olhar para cada projeto de forma mais profissional, a cuidar da minha voz, da minha equipe, do público. Mas a essência continua a mesma… sou o mesmo garoto que ama cantar e acredita que o pagode é uma forma linda de se conectar com as pessoas”, reflete.
O primeiro grande destaque veio em 2022, com o lançamento de “Vou Desligar”, single autoral que virou hit nas ruas do Rio de Janeiro. O sucesso espontâneo da faixa, sem impulsionamento, chamou atenção da indústria e pavimentou novos caminhos. Em 2024, Yan assinou contrato com a Warner Music Brasil, foi indicado ao Prêmio Multishow e gravou seu segundo DVD com ingressos esgotados.
Entre os projetos mais recentes, está “Pagodyando nas Alturas - Volume 1”, gravado ao vivo no Morro da Urca, no Rio. O audiovisual reúne releituras de clássicos do pagode e faixas do lado B do cantor Belo, um de seus maiores ídolos. “Cada fase teve seu desafio. No começo, o difícil era ser ouvido. Depois, entender como me destacar nas redes. Hoje, busco me consolidar nacionalmente sem perder minha identidade. Mas eu gosto do processo, me envolvo em tudo — das ideias às decisões. Os obstáculos me ajudaram a entender quem eu sou como artista e como pessoa”, conta.
Além do público fiel, Yan também ganhou o reconhecimento de nomes consagrados do pagode, como Ludmilla, Sorriso Maroto e Thiaguinho. “É surreal, né?! São pessoas que abriram caminhos e inspiraram minha geração. Ter o carinho e o incentivo deles me motiva a continuar fazendo o meu som com verdade, buscando evolução e mantendo o respeito por quem veio antes. É uma troca bonita, de admiração e aprendizado.”
Entre novas conquistas e sonhos que se realizam, Yan segue firme no propósito de cantar o amor, a alegria e a essência do pagode. “Me sinto em um momento de colheita, sempre pronto e com vontade de crescer e aprender cada vez mais”, resume, com a leveza de quem entende que o sucesso é consequência de uma caminhada feita com verdade.
