
Vencedor do Prêmio Kwai 2024 como Melhor Criador do Ano, o jovem diretor e roteirista Cauê Fantin é o nome por trás de uma das maiores viradas criativas da internet brasileira: o cinema vertical. Enquanto o mundo ainda discutia se o formato em pé seria o futuro, Cauê já o transformava em arte.
Tudo começou de forma simples, durante a pandemia. Entre uma ideia e outra, o que era apenas um hobby virou profissão — e, em poucos meses, milhões de pessoas passaram a acompanhar suas produções criativas, dinâmicas e cheias de emoção. Antes da fama, Cauê chegou a cursar Direito e Nutrição, mas foi na criação digital que encontrou seu propósito. No fim de 2020, decidiu estudar o comportamento das redes, mergulhou nos segredos do algoritmo e entendeu o poder das narrativas na era dos vídeos curtos.
A virada que mudou tudo
Logo no início, Cauê chamou a atenção do aplicativo Kwai, que o convidou para integrar um movimento inédito: o nascimento das novelas e séries verticais no Brasil. A parceria virou um divisor de águas — ele foi um dos primeiros criadores a profissionalizar o formato, unindo estética cinematográfica à agilidade digital e provando que conteúdo de rede também pode ter alma de cinema.
“Naquela época, o termo cinema vertical nem existia. A gente estava descobrindo como adaptar o olhar do cinema tradicional para o celular. Não era só virar a câmera, era criar uma nova linguagem”, revela Cauê.
Números de blockbuster
Entre 2021 e 2022, o criador ultrapassou 200 milhões de visualizações em um único mês no Kwai, consolidando-se como um fenômeno. Além disso, mais de 25 criadores formados por ele atingiram a marca de 1 milhão de seguidores, mostrando que Cauê não só criou um formato — mas também uma geração inteira de storytellers.
Em 2022, lançou sua primeira série de peso: “Romeu e Julieta”, que rapidamente conquistou 600 mil inscritos no YouTube. Em seguida, veio “Se Eu Fosse a Alícia”, uma releitura moderna e divertida de Se Eu Fosse Você, que ultrapassou 100 milhões de visualizações.
Mas o grande boom veio com “Copa dos Sonhos”, em dezembro de 2022 — uma história sobre futebol, amor e superação que alcançou 180 milhões de views em um mês, tornando-se um marco do audiovisual digital brasileiro. A segunda temporada, lançada em 2023, trouxe foco ao futebol feminino e debateu o impacto das casas de apostas, sendo elogiada pela valorização do protagonismo feminino.
No mesmo período, Cauê também lançou “Sherlock Holmes e o Mistério do Futuro”, marcando um salto em qualidade técnica e narrativa — reflexo de seu aprofundamento em direção cinematográfica.
O império do vertical
Hoje, Cauê é sócio de uma produtora especializada em conteúdo vertical, com 26 séries originais, uma base somada de 10 milhões de seguidores e faturamento que ultrapassa R$ 10 milhões em apenas dois anos.
Seu portfólio inclui parcerias com grandes marcas, como Coca-Cola, O Boticário, Amazon, Paramount e Samsung. Entre os lançamentos recentes estão “365 Motivos”, indicada ao Rio Web Fest 2025 como Melhor Websérie Vertical, e “Mentira Viral”, criada com a Samsung para o lançamento do Galaxy A56.
Em 2025, sua carreira ganhou um novo capítulo: Cauê Fantin acaba de ser contratado pela Play9, um dos maiores grupos de conteúdo e entretenimento digital da América Latina. Agora, ele integra o cast da Play9 Talents e também passa a atuar criativamente na PlayAction, produtora audiovisual do grupo, como Diretor, Roteirista e Ator — reforçando sua posição como referência da narrativa digital brasileira.
O futuro cabe na palma da mão
Mais do que um fenômeno de internet, Cauê Fantin é parte de uma transformação global no consumo de conteúdo. Prova de que o formato vertical não é passageiro — é cultura, linguagem e futuro.
“Durante muito tempo me chamaram de sonhador. Eu só queria mostrar que dava para fazer cinema em um novo formato, com o coração. Hoje, ver o Brasil inteiro se movendo nessa direção é a maior recompensa”, diz ele.
Com mais de 3 bilhões de visualizações acumuladas e impacto direto no crescimento do audiovisual digital brasileiro, Cauê segue escrevendo histórias — na tela, no feed e na vida real.
