Programação

Pint of science: Evento valoriza a ciência feita na periferia

Com atividades descontraídas, professores do campus da UnB de Planaltina farão atividades sobre cientistas roqueiros e cientistas negras, além de abordar temas como gastronomia, paleontologia e meio ambiente

Devana Babu*
postado em 05/09/2020 08:00 / atualizado em 05/09/2020 09:48
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

A sexta edição do Pint of Science Brasil começa na próxima terça-feira (8/9), e o Distrito Federal contará com programação local. Fundado em Londres por pesquisadores, em 2013, o evento tem a proposta de discutir temas científicos em bares da cidade, tornando os assuntos acadêmicos mais palatáveis, descontraídos e próximos do cotidiano. Daí o nome, que, em português, quer dizer “dose de ciência”.

O evento, realizado em várias cidades do mundo, simultaneamente, chegou ao Brasil em 2015. Em 2020, devido à pandemia, será realizado de forma virtual pela primeira vez. Este ano, há 75 cidades confirmadas, pouco menos do que as 83 do ano passado.

Em Brasília, as estudantes de ciências naturais e divulgadoras científicas Bruna Lara e Eliane Rodrigues são as coordenadoras. Elas foram convidadas pelo coordenador nacional do Programa de Educação Tutorial (PET), Eduardo Bessa, que é professor tutor delas no PET Ciências, da UnB. O convite foi feito por causa do trabalho de divulgação científica já realizado pelas alunas.

No programa, elas e os colegas mantêm um canal de perguntas e respostas sobre o novo coronavírus, no Whatsapp, e o programa de rádio/podcast Facilita aí, em que pesquisadores explicam os trabalhos acadêmicos de forma simplificada. Além disso, Bruna mantém o canal Aquela cientista no Tik Tok e Twitter, enquanto Daniele mantém o Voyeur de animais coloridos, que fala sobre seleção sexual.

Programação local

Com o mesmo espírito, a programação local do festival, que vai até quinta-feira (10), contará com cinco pesquisadores, quatro deles funcionários da FUP, o campus da UnB de Planaltina, transmitindo saberes científicos com temas de apelo popular.

No primeiro dia, às 10h, a Dra. Tânia Cristina Cruz conduz um bate-papo sobre as mulheres negras na ciência. Às 16h, Renata Ribeiro traz a discussão sobre a diferença entre a forma como a sociedade lida com crimes ambientais e com outros crimes.

No dia seguinte, às 11h, o gastrólogo, professor e escritor Marlus Alvarenga, ex-morador de Planaltina que está desenvolvendo o conceito de gastropoética, ensinará uma receita especial, falando sobre a própria pesquisa e relacionando com os conhecimentos ancestrais da gastronomia.

Às 16h, o músico, metaleiro e professor Tamiel Khan fará uma palestra sobre os roqueiros e músicos cientistas da Universidade de Brasília e do mundo. “É para desmistificar um pouco essa ideia de que cientista é um cara certinho, de cabelo branco ou de jaleco que fica num laboratório. Cientistas são roqueiros também, são músicos, mulheres... Cientistas são qualquer pessoa, porque qualquer pessoa pode ser cientista”, diz a organizadora.

No último dia, às 16h, o paleontólogo Rodrigo Santucci tirará dúvidas de crianças e adultos sobre dinossauros, fósseis e tudo o que envolve a história da terra. “A ideia desse evento é mostrar para o Brasil que ciência de periferia é ciência de qualidade também. Não é só no (campus da UnB) Darcy Ribeiro que tem ciência. Aqui em Planaltina também tem”, declara a divulgadora científica. A live do gastrólogo será transmitida pelo canal do evento no YouTube, e as demais, pelo canal da UnB TV.

Serviço
Pint of Science Brasília.

Programação:

Terça-feira (8/9)

10h - Mulheres Negras na Ciência: perspectivas para inovação no Brasil, com Dra. Tânia Cristina Cruz

16h - A oportunidade faz o ladrão? - Uma perspectiva sobre crimes ambientais, com Renata Ribeiro

Quarta-feira (9/9)

11h - Experimentando - ciência na cozinha, com o gastrólogo Marlus Alvarenga

16h - DinoQuiz - Pergunte a um paleontólogo, com Dr. Rodrigo Santucci

Quinta-feira (10/9)

16h - Na onda do rock - cientistas e músicos, com Dr. Tamiel Khan

*Estagiário sob a supervisão de Adriana Izel

 

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