Campanha

Campanha arrecada recursos para ajudar mestre de Samba de Roda do DF

Mobilização nasceu para contribuir com a família de Cid Aroeira, que movimenta a cultura da cidade há anos com festejos e samba, mas passa por dificuldades financeiras no momento

Correio Braziliense
postado em 03/09/2020 17:00
Cid Aroeira, contramestre de capoeira, mora na ocupação Mercado Sul há quatro anos -  (crédito: Webert da Cruz/Divulgação)
Cid Aroeira, contramestre de capoeira, mora na ocupação Mercado Sul há quatro anos - (crédito: Webert da Cruz/Divulgação)

 

Uma campanha, que leva no nome um trecho da composição de Alcione, Não deixe o samba morrer, surgiu no último fim de semana para contribuir e auxiliar a família Aroeira. Apesar do sangue baiano, o sambista e pedreiro Cid Moreira fez de Brasília sua cidade e, na capital federal, construiu um rico legado cultural.

Com os impactos financeiros e sociais decorrentes da pandemia do novo coronavírus, a família corre o risco de perder a residência atual, o Mercado Sul, em Taguatinga. Reconhecendo o trabalho do músico na cidade, bem como sua história, nasceu a mobilização para arrecadar os recursos necessários. A campanha é on-line, pela plataforma Apoia-se, na qual os usuários podem contribuir com os valores que puderem. Não deixe o samba morrer pode ser acessada pelo link.

Legado cultural

Nascido em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, Cid Aroeira, contramestre de capoeira, mora na ocupação Mercado Sul há quatro anos. Para Taguatinga, ele trouxe e traz o que aprendeu na cidade de origem, envolvendo samba duro, de roda e rural, bem como tradições orais e a cultura dos vaqueiros, por meio de oficinas e festejos.

Além disso, o sambista colaborou com campanhas que tinham o objetivo de melhorar o Beco da Cultura, como também é chamado o local, e realizou o projeto Arte Cultura Vive, movimentando o espaço com capoeira, teatro, confecção de instrumentos, circo e outras atividades educativas.

O Mercado Sul, lugar comunitário e de produção cultural independente, passou a se chamar Ocupação Cultural Mercado Sul Vive, onde foram realizadas 72 edições da EcoFeira, voltada para comercialização local, nove festas agostinas, conhecidas como Arraiá do Beco, e outras atividades que envolvem empreendedores e coletivos. Símbolo da resistência artística em Taguatinga, o espaço tenta se adaptar à conjuntura atual.

Não deixe o samba morrer

Todo o valor arrecadado na campanha será destinado para quitar as dívidas e contribuir com o sustento financeiro e das atividades sócio-culturais da família. Ao final, haverá uma prestação de contas.

 

Serviço

Campanha Não deixe o samba morrer - Arrecadação de recursos a Família Aroeira
Ajude pela plataforma Apoia-se e acompanhe pelo Instagram do Mercado Sul Vive. Até 7 de novembro.

 

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