“Open source” é um termo em inglês que significa “fonte aberta” e é usado para designar softwares cujos códigos originais são disponibilizados livremente para quem quiser modificar e aperfeiçoar de forma colaborativa. É assim que funciona o quinto álbum do guitarrista Kiko Loureiro, Open Source. O disco terá todas as trilhas isoladas disponibilizadas ao público para reeditar, remixar e utilizar da forma que bem entender.
“Morando nos Estados Unidas e vendo de perto essas grandes empresas, e para onde o mundo está indo, é tudo muito colaborativo. Desde a Wikipédia, que é montado em cima da colaboração, até o Google, que tem uma inteligência artificial que só funciona com a nossa colaboração”, contextualiza o músico, que é ex-guitarrista do Angra e, atualmente, toca com a Megadeth, gigante do metal norte-americano que está prestes a lançar um novo álbum.
“Como no código aberto dos programadores, você deixa várias cabeças pensando em solucionar uma questão. Como seria isso na música? ”, especula o artista, que pretende que o álbum seja um ponto de partida para inumeráveis versões, e não mais um ponto de chegada com uma versão definitiva. Quanto aos direitos autorais, ele está tranquilo porque continua arrecadando com as músicas fechadas, e manda tranquilizar os futuros usuários das faixas: como artista independente, no que tange à carreira solo, ele tem total controle sobre a obra e garante que ninguém será importunado, já que a proposta é essa mesma e foi amplamente divulgada.
O time de Kiko é completo pelos ex-colegas de Angra, Felipe Andreoli (baixo), Bruno Valverde (Bateria), a esposa, Maria Ilmoniemi (teclados), e as participações especiais dos guitarristas Mateus Asato e Marty Friedman, que ocupava o cargo de guitarrista da Megadeth antes de Kiko. “Isso demonstra que a música não é uma competição”, diz o guitarrista, referindo-se à colaboração amigável com o antecessor e mandando uma mensagem à indústria musical.
*Estagiário sob a supervisão de Igor Silveira
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