"Não sou limitado pela capacidade, mas pelo modo como sou visto pelos outros", ressaltou em antiga entrevista o ator Clark Middleton, morto no último domingo (4/10), mas cuja morte foi anunciada apenas na noite de segunda-feira (5). A morte, aos 63 anos, foi ocasionada pela contração do vírus do Nilo Ocidental, doença transmitida por mosquitos sem aparente cura.
Conhecido pelo remake da série Twin Peaks (2017), Middleton se destacou ainda, na tevê, por Fringe, em que interpretou Edward, comerciante de livros raros, e por Law and order. Ator, diretor, escritor e professor de teatro, Middleton foi integrante vitalício do Actors Studio e desenvolveu personagens de peças para dramaturgos como Sam Shepard.
Para burlar preconceitos por causa da estatura diminuta e dos descontroles físicos, com travamento no pescoço, associados à artrite reumatoide juvenil, apontava qualidades com a capacidade de envolver (foi professor por mais duas décadas), e se valia do elevado caráter e da confiança. Com tudo isso, se destacou na série The blacklist (ao lado do personagem de James Spader), foi Ernie em Kill Bill: Vol. 2, de Quentin Tarantino, e ainda estrelou Sin City, assinado por Robert Rodriguez.
O ator trabalhou ainda com os diretores Ang Lee e Richard Linklater, além de Alejandro G. Iñárritu (no premiado Birdman). Um dos grandes orgulhos na carreira foi o de despontar no Mirror Repertory Theatre, tendo por orientadora a reconhecida Geraldine Page (vencedora do Oscar de atriz, por O regresso para Bountiful).
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