
Foi divulgada, nesta quinta-feira (8/10), a lista com 22 filmes selecionados para a Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-Metragem e para a Mostra Competitiva Brasileira de Curta-Metragem do 30º Cine Ceará, que ocorre de 5 a 11 de dezembro. Devido à pandemia da covid-19, o festival terá evento presencial em Fortaleza, mas também terá a transmissão, on-line no Canal Brasil (pelo serviço de streaming Canais Globo), dos sete longas e 15 curtas em competição. Foram mais de 900 inscrições para a edição deste ano, em que o festival comemora três décadas. Confira os trailers, fotos e sinopses:
Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem
Sete longas-metragens, inéditos no Brasil, foram escolhidos: cinco com passagens por importantes festivais do mundo, e dois brasileiros em première mundial. Dos oito diretores da mostra, quatro são mulheres. A curadoria da competitiva de longas ficou a cargo de Margarita Hernandez, diretora de programação do evento. O cineasta Wolney Oliveira é o Diretor Executivo do festival desde 1993.
1. A meia voz (A media voz, Espanha/França/Suíça/Cuba, 2019, documentário, 80min. Classificação indicativa livre) De Patricia Pérez Fernández e Heidi Hassan. Estreia no Brasil.
Por meio da correspondência audiovisual entre duas cineastas cubanas radicadas na Galiza e Genebra, articula-se o diálogo deste documentário etno autobiográfico. Duas mulheres à beira dos 40 anos enfrentam os desafios da emigração, tentando se reconstruir longe do seu país natal. Duas histórias em que identidade, maternidade e criação se entrelaçam e impulsionam.
2. A morte habita à noite (A morte habita à noite, Brasil, 2020, ficção, 94min. Não recomendado para menores de 12 anos). De Eduardo Morotó. Estreia no Brasil.
Aos 50 anos, alcoólatra e desempregado, a tábua de equilíbrio de Raul é a paixão por Lígia, que nos últimos anos foi parceira de uma vida sem regras. Mas a relação entre os dois não é mais a mesma. Durante uma noite conturbada, Raul cruza com Cássia, uma jovem desgarrada e cheia de vida que vai despertar nele um lado antes desconhecido.
3. Última cidade (Última cidade, Brasil, 2020, ficção, 70min. Classificação indicativa livre). De Victor Furtado. Estreia mundial.
Montado em seu cavalo Cruzeiro, e na companhia de um andarilho chamado Tahiel, João adentra uma grande cidade do nordeste brasileiro para enfrentar àquele que lhe tomou as terras e acabou com a família.
4. Branco no branco (Blanco en blanco, Chile/Espanha/França/Alemanha, 2019, ficção, 100min. Não recomendado para menores de 12 anos) De Théo Court. Estreia no Brasil.
No prelúdio do século 20, Pedro chega à Terra do Fogo, um território hostil e violento, para fotografar o casamento do poderoso fazendeiro Mr. Porter. A futura esposa, apenas uma garota, vira obsessão. Tratando de capturar a beleza dela, trai o poder que domina o território. Descoberto e castigado, Pedro não consegue escapar e acaba sendo partícipe e cúmplice da sociedade que convive com o genocídio dos nativos Selk’nam.
5. Era uma vez na Venezuela (Érase una vez en Venezuela,Venezuela/Reino Unido/Áustria/Brasil, 2020, documentário, 90min. Não recomendado para menores de 12 anos). De Anabel Rodríguez. Estreia no Brasil.
Sob os relâmpagos silenciosos do Catatumbo existe uma cidade aquática chamada Congo Mirador, ao sul do Lago Maracaibo, o maior campo petrolífero da Venezuela. Lá, as pessoas se preparam para as eleições parlamentares. Para a líder chavista do povoado, Tamara, cada voto conta, e faz todo o possível para obtê-los. Para Natalie,timidamente oposta, a política é uma arma para tirá-la do emprego de professora. A pequena Yoaini observa a própria comunidade ficar lamacenta com a sedimentação, e a infância sendo dissolvida. Como pode uma vila de pescadores sobreviver à corrupção, poluição e devastação política?
6.As boas intenções (Las Buenas Intenciones, Argentina, 2020, ficção, 83min. Classificação indicativa livre). De Ana García Blaya. Estreia no Brasil.
Amanda, de 10 anos, e os dois irmãos menores convivem alternadamente com os pais divorciados. Um dia Cecilia, a mãe, propõe a alternativa de morar fora do país, longe da crise econômica e a vida desorganizada do ex-marido Gustavo.
7. Nazinha olhai por nós (Nazinha olhai por nós, Brasil, 2020, documentário, 87min. Não recomendado para menores de 12 anos). De Belisario Franca. Estreia mundial
Às vésperas do Círio de Nazaré, uma das maiores festividades católicas do mundo, quatro presidiários aguardam por um indulto especialmente concedido para aqueles que desejam celebrar Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da cidade de Belém.
Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem
Os curadores Mariana Medina e Telmo Carvalho selecionaram 15 filmes dentre os 900 inscritos. Foram escolhidos representantes de nove estados do Brasil, dos 25 que enviaram curtas
1. 5 estrelas (5 estrelas, São Paulo, 2020, ficção,15min. Verificar classificação indicativa). De Fernando Sanches
Katia Fontinelle (Gilda Nomacce) é uma talentosa atriz de teatro que pede um Uber para ir a uma festa no interior, em um sábado à noite. Para a surpresa dela, a motorista é uma mulher (Luciana Paes). A viagem segue tranquila até que coisas estranhas começam a acontecer, e o que era pra ser uma viagem tranquila se transforma em uma noite de terror.
2. A beleza de Rose (A beleza de Rose, Ceará, 2020, ficção, 20min. Verificar classificação indicativa). De Natal Portela
Um dia na vida.
3. A nave de mané Socó (A nave de mané Socó, Pernambuco, 2019, ficção, 18min. Verificar a classificação indicativa). De Severino Dadá.
Ameaça vinda do espaço aterroriza uma pequena e pacata cidade do sertão pernambucano. Em tom sensacionalista, a rádio local narra as misteriosas abduções do planeta vermelho.
4. A volta pra casa (A volta pra casa, São Paulo, 2019, ficção, 16min. Verificar a classificação indicativa) De Diego Freitas.
No domingo de Páscoa em uma casa de repouso, Plínio, um marceneiro aposentado, está cheio de expectativa com a visita da família, porém ninguém aparece para buscá-lo. Anselmo, o jardineiro da casa de repouso, ao vê-lo sozinho e cabisbaixo, oferece-se para levá-lo até a antiga casa. Durante o trajeto, cresce a cumplicidade entre os dois, e Plínio revisita as memórias da vida no bairro de Santana, em São Paulo, onde nasceu e cresceu. Ao chegarem, Plínio tem uma surpresa que colocará em xeque as próprias lembranças.
5. Desaparecido (Desaparecido, São Paulo, 2020, ficção, 21min. Verificar a classificação indicativa) De Gabriel Calamari.
Tim e Renan, dois angustiados jovens da classe média paulistana, estão prestes a completar a faculdade de cinema. Tinham tudo calculado para o futuro: depois da entrega do último trabalho, fugiriam juntos, sem rumo. O trabalho, porém, mudaria a vida de um deles para sempre.
6. Inabitável (Inabitável, Pernambuco, 2020, ficção, 20min. Verificar classificação indicativa) De Matheus Farias e Enock Carvalho
Pouco antes da pandemia, o mundo experimenta um fenômeno nunca antes visto. Marilene procura pela filha Roberta, uma mulher trans que está desaparecida. Enquanto corre contra o tempo, ela descobre uma esperança para o futuro.
7. Magnética (Magnética, Rio Grande do Sul, 2020, experimental, 16min. Verificar a classificação indicativa). De Marco Arruda.
Em uma cidade habitada por seres desenhados, um jovem indígena testemunha uma aparição holográfica. É a chegada de uma entidade de materialidade desconhecida. Com uma presença misteriosa e alegorias exóticas, ela passa a encantar os moradores, despertando os seus sentidos mais insanos.
8. Não te amo mais (Não te amo mais, Ceará, 2020, documentário, 10min. Verificar classificação indicativa). De Yasmin Gomes.
A partir de depoimentos reais de imigrantes nordestinos, Yasmin traça a própria relação com São Paulo, cidade em que vive há quase dez anos.
9. Nós (Nós, Rio de Janeiro, 2019, ficção, 9min. Verificar a classificação indicativa). De Hugo Moura e Ricardo Burgos
NÓS - Trailer from Jilemene Filmes on Vimeo.
Ela acaba de se divorciar e viaja para se recuperar junto ao velho amigo de infância. Ele, que namora Vinícius, se vê apaixonado por ela e, quando uma música que significou muito pra eles na infância começa a tocar, as coisas saem do controle.
10. O babado da Toinha (O babado da Toinha, Rio de Janeiro, 2020, documentário, 13min. Verificar a classificação indicativa). De Sérgio Bloch.
Que Toinha não é apenas uma baiana qualquer, isso fica evidente para quem a vê, pela primeira vez, atrás do tabuleiro. O que muitos nem desconfiam é que ela mesma é quem fabrica o dendê que utiliza no preparo do quitute. Ela sobe no coqueiro, derruba o cacho, cozinha os coquinhos, macera no pilão, e quando tudo vira uma pasta, ela separa o líquido do bagaço num longo processo manual. Daí ela volta a ferver o dendê e só então é que o óleo surge, como uma lâmina, por cima da água. A noite ela irá servir o bolinho generosamente recheado e embalado numa folha de bananeira, que Toinha mesma tira do pé e prepara no fogo. O negócio dá muito trabalho, mas quem se importa? - “Meu acarajé tem que ficar perfeito” – diz ela orgulhosa.
11. O barco e o rio (O barco e o rio, Amazonas, 2020, ficção, 17min. Verificar classificação indicativa) De Bernardo Ale Abinader
Vera é uma mulher religiosa que cuida de uma embarcação no porto de Manaus. Ela precisa lidar com a irmã Josi, com quem diverge em relação a como lidar com o barco e sobre como viver a vida.
12. O sal da vida (O sal da vida, Piauí, 2020, documentário, 3min. Verificar a classificação indicativa) De Danilo Carvalho.
Filha e Pai vivem uma poética aventura no mar, uma conexão de amor que transcende a paternidade, onde o afeto é a maior onda!
13. Parabéns a você (Parabéns a você, Paraná, 2019, ficção, 19min. Verificar a classificação indicativa) De Andreia Kaláboa.
Parabéns a Você | Trailer from GP7 Cinema on Vimeo.
Yiúlia precisa encarar o medo da morte, que na cabeça dela veste roxo e luta para alcançar o objetivo, que é ganhar a primeira festa de aniversário.
14. Quitéria (Quitéria, Paraíba, 2019, ficção, 14min. Verificar a classificação indicativa). De Tiago A. Neves.
“Liberdade é querer o que se quer”.
15. Vista para dias nublados (Vista para dias nublados, Rio de Janeiro, 2019, ficção, 11min. Verificar a classificação indicativa). De Ana Luísa Moura
Manuela e Bento são um casal de artistas aposentados que vivem a maior parte dos dias observando Lúcia, sua vizinha de janela. Até que um dia, Lúcia deixa de abrir a varanda de seu apartamento e Manuela precisa ressignificar o que vê.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.