Cinema

Festival Varilux de Cinema Francês exibe 17 filmes inéditos

Programação no Espaço Itaú de Cinema ainda exibirá o clássico 'Acossado', de Jean-Luc Godard

Ricardo Daehn
postado em 19/11/2020 07:26 / atualizado em 19/11/2020 20:00
'Verão de 85': mais uma obra romântica de François Ozon -  (crédito: Califórnia Filmes/Divulgação)
'Verão de 85': mais uma obra romântica de François Ozon - (crédito: Califórnia Filmes/Divulgação)

Em mais uma iniciativa de fôlego para a retomada do público às sessões de cinema, o Espaço Itaú de Cinema acolhe o tradicional evento chamado Festival Varilux de Cinema Francês. A ser aberta nesta quinta-feira (19/11), a festa do cinema alinhará 18 longas-metragens (17 inéditos), incluída ainda a reapresentação do clássico Acossado (1959), de Jean-Luc Godard.

Iniciativa esperta também vai celebrar, amanhã, às 18h, o Dia Nacional da Consciência Negra, com sessão gratuita seguida de debate. O filme escolhido foi Sou francês e preto, sucesso de bilheteria na reabertura dos cinemas franceses, durante a pandemia, com público superior a um milhão de espectadores. O longa, assinado pela dupla Jeau-Pascal Zadi e John Wax, revela o impasse de um protagonista, um ator que não sabe se adere à militância ou abraça uma oportunidade nos palcos.

Estendido até 3 de dezembro, o Festival Varilux é um convite à reflexão sobre comportamentos e avanços sociais. Exemplo disso, está em Verão de 85 (de François Ozon), com a expressão de um primeiro amor gay vivido na Normandia. Já o diretor Martin Provost assina A boa esposa, estrelado por Juliette Binoche e que mostra a desilusão de uma conservadora mulher que, viúva, vê ruir todos os princípios do falso perfeccionismo mantido nos casamentos de antigamente.

Outro filme revisionista é Apagar o histórico, premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim, e que mostra pequenos grupos que vão de encontro ao poderio das redes sociais. Núcleos familiares, em visões diferenciadas, são explorados em filmes do Festival Varilux. Um deles é DNA, de Maïwenn, estrelado por Louis Garrel e Fanny Ardant. Em foco estão os desdobramentos dos esforços de um avô que fundou os pilares de uma família prestes a ser esfacelada.

Adaptando obra de Dino Bugatti, o diretor Lorenzo Mattotti criou o longa de animação A famosa invasão dos ursos na Sicília, em que o urso rei mobiliza todos os habitantes de um vilarejo na missão de recuperar o filho dele, feito refém de humanos. Noutro extremo, depois de solta da prisão, a protagonista de A garota da pulseira (de Stéphane Demoustier) sofrerá para ser reincorporada pela sociedade repleta de preconceitos. As estrelas do longa-metragem são Melissa Guers Chiara Mastroianni.

Vencedor de três prêmios César, Belle Époque (assinado por Nicolas Bedros), alinha os atores Daniel Auteuil Guillaume Canet num enredo de retorno ao passado. No filme, um homem se vê estimulado a reviver uma fascinante época em que experimentou do desabrochar amor. Movimento de ponta mundial, nos anos de 1960, a nouvelle vague terá homenagem nesta edição do Varilux.

De graça, serão mostrados títulos de Jen-Luc Godard e de expoentes como Louis Malle, Jacques Demy e Jacques Rivette. A pioneira Agnès Varda também agrega no time, com direito à exibição de curta, além do longa Cleo das 5 às 7. O crítico Jean-Michel Frodon, respeitado nome associado à famosa publicação Cahiers du Cinéma ainda terá espaço para palestra, com data e hora em processo de definição.

Confira aqui a programação completa do Festival Varilux de Cinema Francês

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