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John Cleese defende J.K. Rowling sobre acusações de fala transfóbica

O comediante do 'Monty python' tuitou: "Acho que não estou tão interessado em pessoas trans"

J.K. Rowling, autora da saga Harry Potter, foi acusada de transfobia algumas vezes ao longo deste ano. Vários artistas têm se posicionado acerca das atitudes da escritora. Desta vez, John Cleese, do Monty python, também comentou o caso no último domingo (22/11) por meio de tuítes. "Acho que não estou tão interessado em pessoas trans", alegou o comediante.

"Caros, adicionei meu nome aos signatários da carta em solidariedade a J.K. Rowling. Orgulho de estar na distinta companhia de Ian McEwan, Andrew Davies, Frances Welch, Lionel Shriver, Ben Miller, Tom Stoppard, Frances Barber, Griff Rhys-Jones e Matthew d'Ancona", escreveu.

Tudo começou quando um usuário do Twitter perguntou a Cleese o motivo dele prestar publicamente solidariedade à J.K. Rowling após diversas falas transfóbicas . O comediante respondeu com publicações preconceituosas e irônicas e começou a tuitar na tentativa de justificar o desinteresse nas lutas que as pessoas trans enfrentam na sociedade.

Até que um internauta publicou: "Por que diabos você não pode simplesmente deixar as pessoas serem quem elas querem ser?". Cleese respondeu: "No fundo, eu quero ser uma policial cambojana. Isso é permitido ou estou sendo irreal?".

"Acho que não estou tão interessado em pessoas trans. Só espero que eles estejam felizes e que as pessoas os tratem bem. No momento, estou mais focado nas ameaças à democracia na América, na corrupção desenfreada no Reino Unido, na terrível imprensa britânica, nas revelações sobre a brutalidade policial", escreveu.

J.K. Rowling

J.K. Rowling foi recentemente acusada de transfobia ao citar em um artigo que falava sobre sexismo e as injustiças contra "pessoas que menstruam". Segundo ela, "pessoas que menstruam" são mulheres. O comentário se desdobrou em uma série de declarações da escritora, que foi rebatida pelos atores da saga Harry Potter e desautorizada até mesmo por Stephen King.