O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e a Polícia Federal deflagraram, nesta quarta (16/12), a Operação Transoceânica, que apura indícios de irregularidades na contratação de obras do BRT Transoceânica Charitas-Engenho do Mato e em contratos de publicidade da Prefeitura de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região em órgãos públicos, empresas e residências nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Paulo. Entre os alvos da operação está o cineasta brasiliense René Sampaio, diretor do filme Faroeste caboclo, devido ao contrato que teria com a prefeitura de Niterói, por meio de duas empresas de audiovisual Fulano Filmes e Barry Company, as quais é sócio com Krysse Mello Gonçalves.
De acordo com o MPF, "há registros de atuação em campanhas políticas, como a do ex-governador Sérgio Cabral e do próprio Rodrigo Neves (prefeito de Niterói), neste caso através da empresa Barry Company Produções Audiovisuais LTDA, cujo o quadro é composto pelos mesmos sócios da Fulano Filmes, Krysse e René".
Em documento do MPF, o prefeito Rodrigo Neves (PDT) teria pago para a Barry Company, empresa audiovisual, em torno de R$ 1,7 milhão nas eleições e durante a campanha política de 2016. Na mesma época, a Prefeitura de Niterói pagou à Fulano Filmes por volta de R$ 7 milhões, com alegação de executar serviço de assessoria de imprensa.
Contactada pelo Correio, a Barry Company confirmou que a Polícia Federal esteve na produtora nesta quarta-feira (16), mas disse que, por enquanto, não pode dar mais informações sobre o caso. Mais tarde, René Sampaio e a Fulano Filmes se pronunciaram por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa da advogada Maíra Fernandes negando as irregularidades e se mostrando disponíveis para esclarecimentos. Confira aqui as notas.
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