No último domingo, a carioca radicada em Brasília Lúcia de Maria acabou sendo eliminada do reality show The voice+. Mesmo com a saída da representante da capital federal, a cidade não precisa ficar sem um participante para torcer no programa, porque a temporada tem um brasiliense de coração. É o também carioca Zé Alexanddre, que participa da semifinal pelo time de Claudia Leitte.
Ele viveu na capital de 1958 até 1976. Zé chegou a Brasília no primeiro ano de vida, quando se mudou com a família, porque o pai trabalhou na construção da cidade. “Não tinha nem sido inaugurada quando chegamos. Guardo as lembranças de toda aquela amplitude, aquele céu maravilhoso”, conta.
Também foi na capital que a veia artística apareceu. Adolescente, ele costumava fazer música nos pilotis da 302 Sul com o amigo Paulo André. Embaixo dos blocos, conheceu Oswaldo Montenegro, com quem depois se reencontrou no Rio de Janeiro e deu origem à famosa parceria no Festival dos Festivais da TV Tupi, em 1979, com Bandolins. “A gente voltou a estreitar as relações na montagem do espetáculo João sem nome até o festival, quando tudo mudou. O mundo (da música) se descortinou para mim, acabei trancando a faculdade de engenharia e mergulhamos no mundo mesmo”, lembra.
A presença no The voice+ foi uma surpresa até para Zé Alexanddre, que foi inscrito por um amigo responsável por cuidar da agenda de shows dele. Quando recebeu a ligação da produção, resolveu arriscar. “Essa pandemia fez a gente experimentar coisas inusitadas, e pensei: ‘quer saber, vou participar, sim’”, diz. A decisão foi uma das melhores tomadas por Zé Alexanddre: “Isso tem me dado uma energia fantástica, estou extremamente agradecido pela possibilidade que o The voice está me dando. Está realmente mudando minha vida”.
Vaga na final
Na nova etapa, Zé Alexanddre disputa uma das duas vagas na final com os colegas de time Claudya, Oscar Henriques e Vera do Canto e Mello. A última etapa está prevista para 4 de abril em formato ao vivo. “Cada vez que acontece uma etapa, o funil vai se fechando e a responsabilidade aumenta. Não sou diferente de ninguém, fico com ansiedade e nervosismo. Faz parte do meu jeito de ser. Mas cada etapa sendo vencida é uma satisfação, uma alegria, uma certeza de dever cumprido”, garante.
Independentemente de resultado, o cantor sabe que a participação já mudou a vida dele. “Gerar expectativa é algo muito perigoso. Mas acho que o programa deixa os sonhos mais aflorados, e sonhar não é proibido, é mais do que lícito. Estou pensando em um passo de cada vez, uma realização a cada passo”, afirma sobre o futuro pós-reality show.
Entenda a reta final
Semifinal
Em 28 de março, com 16 candidatos. Das quatro vozes de cada time, duas são escolhidas pelos
técnicos para a final.
Final
Prevista para 4 de abril, em formato ao vivo e com escolha do público. Participam as duas vozes de cada time.
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