Fotografia

Exposição do fotógrafo José Figueroa revela registros da história cubana

Depois do sucesso em formato presencial, a mostra 'Um autorretrato cubano', do fotógrafo José Alberto Figueroa, é disponibilizada de maneira gratuita e inteiramente virtual no site do Museu de Arte Contemporânea de Niterói

Depois do sucesso em formato presencial, com exibição em São Paulo e em Brasília, a mostra Um autorretrato cubano, do fotógrafo José Alberto Figueroa, é disponibilizada de maneira gratuita e inteiramente virtual. Discípulo de Alberto Korba, o fotógrafo é considerado um dos precursores da fotografia conceitual. A exposição, a primeira virtual do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, está disponível até 2 de maio no site da instituição.

Com curadoria de Cristina Figueroa, crítica de arte e filha do fotógrafo, a exposição apresenta um olhar para o povo cubano e para as transformações sociais que mobilizaram o país durante as últimas cinco décadas.“Cuba vive atualmente uma situação política e econômica complexa. Meu trabalho de tantos anos talvez nos ajude a refletir nossa história e aproximar um público internacional da realidade cubana”, comenta, em material de divulgação, o artista, que completa 75 anos de idade e carrega mais de 50 anos de carreira.

José A. Figueroa/Divulgação - Boda de Diana y Navarro en el Cementerio. La Habana, 1968
José A. Figueroa/Divulgação - Palacio de los Capitanes Generales. La Habana, 1980-81
José A. Figueroa/Divulgação - De la serie Angola. 1983
José A. Figueroa/Divulgação - De la serie La Imagen. Vedado. 1992

Dividida em núcleos temáticos e em ordem cronológica, a mostra tem como objetivo instigar questionamentos e revelar o trabalho do fotógrafo desde os tempos da fotografia analógica até imagens feitas com o celular. Ao todo, são 69 fotografias que apresentam o olhar do artista sobre fases históricas de Cuba. Os registros vão desde os primórdios da Revolução Cubana, quando pôde acompanhar mudanças sociais significativas e controversas, até os tempos atuais, onde muitos cubanos estão divididos entre a saudade do passado, as frustrações do presente e uma perspectiva incerta sobre o futuro.

“Figueroa sempre esteve intimamente ligado à história da fotografia brasileira. Do ponto de vista histórico e documental, seu trabalho tem muitos pontos de contato com outros fotógrafos brasileiros contemporâneos como Walter Firmo, Nair Benedito, Juca Martins, entre outros”, comenta a curadora, que vê a exposição como uma oportunidade de mostrar ao público pela primeira vez a visão sem preconceitos do artista - testemunha ocular, por mais de 50 anos, da realidade e da vida de seu país.

Serviço

Um autorretrato cubano. De José A. Figueroa. Disponível até 2 de maio no site do MAC Niterói. Livre para todos os públicos.