Polêmica

'Ele era racista', diz o produtor Quincy Jones sobre Elvis Presley

Em entrevista à série especial 'Ícones' do The Hollywood Reporter, Quincy Jones afirmou que não trabalharia com Elvis Presley e que o cantor era racista

Correio Braziliense
postado em 25/05/2021 09:59 / atualizado em 26/05/2021 12:48
Na entrevista, o produtor também conta histórias de sua trajetória -  (crédito: FREDERIC J. BROWN)
Na entrevista, o produtor também conta histórias de sua trajetória - (crédito: FREDERIC J. BROWN)

“Ele era racista”, justificou Quincy Jones, um dos mais importantes produtores e empresários musicais, ao ser perguntado pelo The Hollywood Reporter se já teria trabalhado com Elvis Presley. A entrevista com o músico de 88 anos, que assina Thriller e diversos outros clássicos, é parte da série especial Ícones, do portal estadunidense. 

Elvis Presley passou a ser um dos temas da entrevista quando Jones fez uma comparação citando Michael Jackson, ao lembrar do filme The wiz, de 1978, produzido pela famosa Motown Productions. “[Jackson] estava fazendo alguma cópia de Elvis, também. O Rei do Pop, cara, vamos lá!”, disse Quincy. Em seguida, o produtor foi perguntado se já trabalhou com Elvis, e respondeu que não trabalharia com o cantor.

“Eu estava escrevendo para Tommy Dorsey (líder de orquestra). Oh Deus, naquele tempo, nos anos 1950. Elvis entrou, e Tommy disse: ‘Eu não quero tocar com ele’. Ele era um racista, filho da…", Quincy interrompeu-se e completou: "Vou ficar quieto agora".

Ele também revelou que toda vez que via Elvis, o cantor estava sendo treinado por Otis Blackwell, que segundo Jones, "dizia a ele como cantar". No entanto, o portal The Hollywood Reporter destacou que Blackwell disse a David Letterman (apresentador do Late Night), em 1987, que nunca conheceu Presley pessoalmente.

Quincy Jones também falou sobre os protestos anti-racistas nos Estados Unidos após a morte de George Floyd. "Isso acontece há muito tempo, cara. Pessoas viram a cabeça para o outro lado, mas é tudo a mesma coisa para mim - misoginia, racismo. Você precisa ser ensinado a odiar alguém. Não vem naturalmente. A menos que você tenha sido treinado. É um péssimo hábito”, reforçou.

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