CINEMA

'Space Jam: Um novo legado' chega aos cinemas com jogo para lá de animado

Misturando animação com live-action, Space Jam: Um novo legado mescla o talento do astro de basquete LeBron James com os adorados personagens dos Looney Tunes

» Ricardo Daehn
postado em 15/07/2021 06:00
Pernalonga, Lolla Bunny, Patolino e companhia voltam em nova aventura. Dessa vez, eles entram em quadra para derrotar uma inteligência artificial  -  (crédito: Warner/Divulgação)
Pernalonga, Lolla Bunny, Patolino e companhia voltam em nova aventura. Dessa vez, eles entram em quadra para derrotar uma inteligência artificial - (crédito: Warner/Divulgação)

“Minha quadra (de basquete), minhas regras”, essa é uma das questões com que LeBron James — o astro do basquete que interpreta quase a si mesmo — se debate em Space Jam: Um novo legado. O filme assinado por Malcolm D. Lee, de Todo Mundo em Pânico 5 e Com a Cor e a Coragem, é uma das estreias de julho e opção para adultos e crianças nas salas de cinema. Na trama, LeBron dá lições de jogador profissional ao filho Dom (Cedric Joe) revelando o conflito de gerações e introduzindo ao público o núcleo que viverá uma nova aventura com os icônicos Looney Tunes, que já estiveram na tela grande em 1996 em companhia de Michael Jordan e Bill Murray em Space Jam.

O conflito familiar fica em segundo plano quando Kamiyah (Sonequa Martin-Green), a esposa do jogador, e o outros filhos do casal, vividos por Ceyair Wright e Harper Leigh, se deparam o sumiço simultâneo do astro do Los Angeles Lakers e do filho Dom, alvos de uma inteligência artificial empenhada em sorvê-los e transmutá-los em formato digital (ao estilo Pixels). Ao se depararem no ambiente da Warner 3000 “Server-verse”, eles circulam pelos corredores virtuais — numa típica autorreferência feita pela marca em suas animações — antes de se verem cercados pelo personagem Al G Ritmo (papel de Don Cheadle, de O diabo veste azul), uma inteligência artificial que está interessada nas habilidades de desenvolvedor de jogos de Dom. Para sair da enrascada, pai e filho precisam recorrer a ajuda de Pernalonga, Lolla Bunny, Patolino e companhia. E como não poderia ser diferente, a solução virá de uma partida de basquete.

Além das muitas loucuras dos Looney Tunes, o personagem de LeBron acaba refletindo que na relação de pai acabou esquecendo da importância do jogo como mera diversão e de compreender a relevância dos jogos on-line, que ele classifica como “porcaria e distrações”. O ponto de virada acontece justamente quando ele percebe que são justamente os games que poderão salvá-lo e ao filho das aventuras que enfrentarão em uma quadra, dentro de um campeonato idealizado por Al G Ritmo.

O salto dos pontos

Por capricho dos programadores de jogos (apresentados na trama), as regras do basquete convencional serão alteradas, dando um clima de incerteza para o jogo decisivo entre o Esquadrão Looney (com direito a Frangolino, Coiote e Piu Piu) e o Esquadrão Valentão, que incorpora alterações na simplicidade de dribles e enterradas, cravando novidades absurdas como “pontos por estilo de jogada”.

Ainda que Space Jam incorpore debates como a cultura do cancelamento e lembre uns artifícios dignos de reality show, o filme tem momentos inspirados que remetem aos arquivos históricos da Warner (impossível não rir com a Vovó metida em subtrama de Matrix e com Eufrazino Puxa-Briga às voltas com Casablanca). Tratando de potencial, valores e habilidades, o filme tem como dos melhores momentos a suposta entrada em cena de Michael Jordan e o rap ensaiado por Gaguinho.

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