CINEMA

'Free Guy' e 'Caminhos da memória' estreiam nos cinemas com situações fantásticas

Astros de primeira grandeza em Hollywood, Ryan Reynolds e Hugh Jackman puxam os lançamentos de cinema da semana, em aventuras fantasiosas

Difícil saber quem terá mais atenção nas estreias das salas de cinema brasileiras, com a entrada de dois novos filmes em cartaz (Free Guy — Assumindo o controle e Caminhos da memória) estrelados por figuras de ponta da indústria de cinema: Ryan Reynolds e Hugh Jackman, respectivamente. Ações e situações intrigantes são atrativos de ambos os filmes de situações fantásticas.

Dono de uma renda superior a US$ 1,5 bilhão, na venda de ingressos, diante do êxito de dois filmes dedicados ao personagem Deadpool, saído dos quadrinhos, Ryan Reynolds protagoniza Free Guy. Na trama, Guy é surpreendido com a revelação de que sua vida está inserida em um videogame chamado de Free City. O caixa de banco não demora a perceber a popularidade, com modificações nas suas estratégias de jogo. Salvar não a si próprio, mas ainda a humanidade, passa a ter importância definitiva, uma vez que Antwan, o endinheirado dono do jogo, traz táticas para banir o alegre e simples herói do tabuleiro virtual.

Dirigido por Shawn Levy (Uma noite no museu), com roteiro criado por Matt Lieberman, Free Guy promete trazer doses altas de humor. Mesclando a vida real de Guy, retratada com tonalidade de cores sóbrias, ao mundo dinâmico do videogame (explosivo em cores), o longa dispõe de uma enorme galeria de personagens. Com muitas interferências gráficas no visual, a cidade de Boston (EUA) sediou as filmagens do longa.

Além de Ryan Reynolds, que dá vida ao inocente protagonista convocado à ação e a assumir responsabilidades pesadas, o longa traz, no elenco, Lil Rel Howery, que responde pelo papel de Buddy, o amistoso segurança de banco; ainda há os peritos tecnológicos Walter Keys McKeys (Joe Keery) e Millie (Jodie Comer, que ainda dá vida a um avatar), além do excêntrico rival de Guy, Antwan (papel de Taika Waititi).

Renovação

Há quase quatro anos afastado do papel do mutante Wolverine, que, com o último resultado de bilheteria na franquia, arrecadou US$ 619 milhões, o ator Hugh Jackman é o astro de Caminhos da memória, anunciado como um agitado thriller. No elenco, estão duas atrizes de carreira longa: Rebecca Ferguson (Missão: Impossível) e Thandie Newton (a britânica de Crash — No limite). Marina de Tavira, atriz mexicana indicada ao Oscar de coadjuvante, por Roma, também integra o longa.

Estreante na direção de cinema, Lisa Joy (um dos talentos criadores de Westworld) é ainda roteirista e produtora do longa Caminhos da memória. A premissa do longa é o limite de ações, diante da proteção de pessoas amadas. Quem conduz a trama é Nick Bannister (Hugh Jackman), atuante na investigação mental do passado de clientes desnorteados. Com seus recursos, ele entrega às pessoas memórias perdidas.

Quem passa a impôr desafios à tranquilidade do investigador de mentes é Mae (Rebecca Ferguson) que, com um sumiço, demonstra ser uma peça importante num armado esquema de conspirações. Alento e tranquilidade também são das metas dos clientes de Bannister, que tem Watts (Thandie) como companheira de ofício. Na vida real, respondendo à imprensa estrangeira, Hugh Jackman deixou escapar, recentemente, o tipo de memória que gostaria de reter. “Tanta coisa, dos 16 aos 21 anos. E ainda gostaria de reavivar os momentos de, no meio da noite, dar alimento a um dos bebês e adormecer, no sofá da sala””, comentou o pai de Ava e Oscar Jackman.

Dificuldades juvenis

Prêmio de público na 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e destacado pelo melhor diretor estreante no 51º Festival de Cinema da Índia, Valentina é um longa de Cássio Pereira dos Santos que chega ao circuito. Formado pela Universidade de Brasília (UnB), Cássio filmou nas mineiras Estrela do Sul e Uberlândia o drama interpretado por uma atriz de Catalão (GO), e que é dona de um popular canal no YouTube: Thiessa Woinbackk. De pai ausente, Valentina quer se matricular, sob o nome social, numa escola interiorana, mas enfrenta resistência da administração da escola. Ronaldo Bonafro, Guta Stresser e Rômulo Braga formam o elenco.

A concha virou telona

A reabertura da Concha Acústica será hoje, depois de quase seis meses de obras de melhorias do espaço, na manutenção orçada em R$ 422 mil. Ao ar livre, um evento organizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, trará, às 18h30, apresentação do Grupo de Dança Orbital e, na sequência, números do Balé Mylene Leonardo (de Santa Maria), embalados no imaginário de Ariano Suassuna e de traços indígenas presentes na cultura do Nordeste. Às 19h, será a vez da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, sob a regência de Claudio Cohen, executar peças de Mozart, Astor Piazzolla, de integrantes da Jovem Guarda, e ainda dos compositores de obras cinematográficas, entre os quais John Williams e Ennio Morricone.
Com reserva de ingressos por site (oquevemporai.com), as atividades culturais integradas ao projeto Complexo Cultural Beira Lago ainda incluem projeções de filmes. Hoje, às 20h, o título escolhido foi O outro lado do paraíso (de André Ristum) e que tem por curiosidade a elaboração de recursos cenográficos que simularam o passado da periferia sessentista de Brasília. A atração de amanhã (às 20h), também recobre a criação da cidade, descrita no longa Oscar Niemeyer — A vida é um sopro. Sábado, será a vez dos longas Colegas (18h) e Cícero Dias, o compadre de Picasso, de Vladimir Carvalho (às 21h). Títulos populares como Heleno, Tapete vermelho e Faroeste caboclo, desfilarão até 5 de setembro.
Na reativação do espaço, com programações de cunho erudito e popular, a Concha Acústica terá limitação de espaço estabelecido em 1.500 lugares. O uso de máscaras, claro, é obrigatório. O projeto Complexo Cultural Beira Lago ainda abarca oficinas de gravura, pintura, desenho e escultura. Informações e inscrições, no fone 3306-1375.