MÚSICA

Ana Carolina se apresenta no último fim de semana do projeto Open Air Vibrar

Cantora promete um show emocionante e marcado de romantismo para o público brasiliense cantar junto e matar a saudade

Juliana Oliveira
postado em 24/09/2021 06:00
Ana Carolina faz apresentação nesta sexta-feira (24/9) na capital federal -  (crédito: Léo Aversa/Divulgação)
Ana Carolina faz apresentação nesta sexta-feira (24/9) na capital federal - (crédito: Léo Aversa/Divulgação)

O timbre charmoso e provocador da cantora Ana Carolina ficou conhecido pelo grande público em 1999, quando a novela Andando nas Nuvens, da TV Globo, apresentou o single Garganta, de autoria de Totonho Villeroy, na trilha sonora da trama. A potência vocal da mineira agradou, e, rapidamente, ela foi identificada como grande promessa da MPB. De lá para cá, foram mais hits em outras produções, além do reconhecimento vindo em quatro prêmios Multishow de Música Brasileira, três condecorações do Troféu Imprensa e um do Prêmio TIM de Música. Uma trajetória de duas décadas cantando o amor, que a multi-instrumentista traz a Brasília nesta sexta-feira (24/9), a partir das 17h, pelo projeto Open Air Vibrar, complexo gastronômico, que encerra suas atividades neste fim de semana, no Ginásio Nilson Nelson.

Nascida em Juiz de Fora (MG), Ana Carolina é multi-instrumentista e voz nos inesquecíveis hits Simplesmente aconteceu, Coração selvagem, Uma louca tempestade, Quem de nós dois e Nada para mim. Em entrevista concedida ao Correio, a cantora fala da emoção que é retornar aos palcos e do carinho que recebe do público da capital federal. Diabética, ela reconhece o alívio que é ver a vacinação avançar e as grandes produções ganharem novo fôlego, embora tenha aproveitado o período de isolamento para enveredar por formatos de apresentação que ainda não tinha experimentado, como lives e drive-in, e afirma que o saldo foi positivo. Para os fãs, ela antecipa, sem muitos detalhes, que tem produzido bastante e, em breve, apresentará o resultado desse período mais introspectivo.

» Entrevista / Ana Carolina

A pandemia trouxe um “jejum” forçado de público, e você chegou a fazer apresentação em formato drive-in. Qual é a sensação de retornar efetivamente aos espetáculos presenciais?

Na verdade, esse show drive-in foi no ano passado, no Allianz Parque, em São Paulo. E foi realmente uma experiência diferente de tudo que já tinha feito até então. Depois disso, fiz algumas pouquíssimas apresentações presenciais em momentos que os órgãos permitiam, mas não resta dúvidas que o ritmo dos shows desacelerou completamente, e isso foi uma decisão acertada e necessária. A pandemia foi global e era importante que, dentro do possível, todos ficassem em casa. O problema, obviamente, ainda não acabou e precisamos nos manter alertas. Mas, agora, com a vacinação avançando, cada vez mais adultos e jovens com as duas doses no braço, começa a ser praticável e seguro novamente. E pra mim a sensação é justamente essa. De retomada, de reencontro. Não existe nada mais importante pra mim do que me apresentar pro meu público e sentir a vibração ao vivo. Retomar isso depois de tanto tempo é maravilhoso. Eu fico verdadeiramente emocionada.

Muitos artistas afirmam que procuraram usar o isolamento dos últimos meses com qualidade, para produzir ou ressignificar questões internas. Como você lidou com esse período de afastamento?

Para mim, em particular, foi e ainda está sendo, com as devidas proporções, um processo bastante introspectivo. Eu sou diabética e estou no grupo de risco, então me recolhi em casa ,no Rio de Janeiro, e lá fiquei com minha mãe nesse período. Acho que tive os mesmos enfrentamentos que todas as outras pessoas, mas o mais importante é que consegui atravessar com saúde. Procurei usar esse tempo produzindo. Segui compondo, trabalhando em projetos que vão justamente refletir esse meu momento interno.

Você chegou a fazer algumas lives. Como foi a experiência? É um formato que você pretende manter?

Foi uma das coisas mais diferentes que fiz durante toda a minha carreira. Uma experiência nova. É um formato bem diferente do que eu estava habituada, mas saio dessa fase aprovando. Além de ter sido importante para conseguirmos manter uma parte da cadeia de trabalhadores na ativa, é uma maneira nova de nos conectarmos com os fãs. Mesmo que de maneira virtual, as trocas de energias acontecem ali diante de nós, entre as telas que me assistem e as câmeras que me transmitem. Eu pretendo, sim, me deixar aberta a mais oportunidades em formato live.

A propósito de formatos, você foi alçada à fama por um single que “explodiu” em uma novela, em 1999. Hoje, o impacto das novelas é outro. Como é a sua relação com essa mudança e como lida com as plataformas de streaming e redes sociais que catapultam sucessos?

A maneira como as pessoas são tocadas pelas músicas não muda. O formato que esse consumo acontece, claro, pode mudar, evoluir, expandir! Não acho que as novelas perdem força, mas ganham aliados que podem atingir e trocar com o público de forma até mais direta. Eu lido super bem com as redes sociais e o streaming. Sou usuária e consumidora dessas plataformas. E tem algo extraordinário nelas, que é a democratização do conteúdo. Você consegue ter acesso a uma gama de artistas que antes não conseguia. A música só ganha com isso!

Você tem uma rede social preferida? Você consegue usá-las para se relacionar com os fãs?

Eu gosto muito do Instagram, pois lá o contato é direto! Eu estou sempre de olho no que as pessoas estão comentando, interagindo. É um canal de fácil acesso entre mim e meus fãs.

Os ritmos mais dançantes como piseiro, sertanejo universitário, funk estão quase sempre no top de reproduções de plataformas on-line. Você acha que o pop romântico e a MPB estão perdendo espaço no público mais jovem?

Eu acredito em espaços e públicos. E acho que há espaço para todos que tenham um trabalho comprometido com o fã, seja qual for o ritmo. Eu me considero vitoriosa por ter uma base de fãs muito apaixonada que me acompanha em shows e está superatenta aos meus lançamentos. E vejo que o meu público também se rejuvenesce e até arrisco uma razão para isso: eu escrevo e canto músicas de amor, e isso não tem idade.

Entre suas preferências encontramos referências a Noel Rosa e Kid Abelha. Quais as principais fontes para elaborar a sua MPB?

Eu procuro não limitar minhas referências e absorver o que tem de melhor em tudo. Nesse show, por exemplo, canto músicas minhas, mas fiz questão de inserir canções de artistas que amo, como Guilherme Arantes, Seu Jorge e Sidney Magal. Acho que a grande graça da música brasileira é justamente essa pluralidade.

Está trabalhando em algum projeto novo?

Sim, estou sempre em movimento, mesmo na pandemia dentro de casa. Ainda nada que possa divulgar, mas sempre trabalhando…

Qual é a sua relação com os fãs de Brasília? E a receptividade?

Eu amo o público de Brasília! Eu sempre sou recebida de uma maneira muito carinhosa. É um público superinteressado, que canta todas as músicas comigo. É sempre um lugar especial para se estar!

O que o público pode esperar desta apresentação?

Olha, podem esperar uma Ana Carolina com muita vontade de subir num palco depois de tanto tempo sem poder se apresentar pessoalmente. Eu realmente estou emocionada com essa retomada segura e consciente. Preparei um repertório com muitos sucessos da minha carreira e, como falei antes, músicas de artistas que admiro muito. É show pra cantar alto e matar saudades!

Serviço

Além do show de Ana Carolina, o último fim de semana do projeto Open Air Vibrar, complexo gastronômico, terá apresentações para todos os gostos e as idades. Confira a agenda das programações que acontecem na estrutura montada no Ginásio Nilson Nelson.

25/9 - Sábado
20h - Os Melhores do Mundo voltam com a icônica peça Hermanoteu na Terra de Godah, uma das mais conhecidas do público. A apresentação acontece amanhã.

26/9 - Domingo
15h30 - A trupe do Mundo Bita promete fazer a alegria dos pequenos com o espetáculo Dentro do Mundo Lá Fora.

19h - Fechando a programação, a cantora e compositora Elba Ramalho interpreta os maiores sucessos de seus 40 anos de carreira.

As reservas de mesas (quadradinhos) podem ser garantidas por meio do aplicativo ou site Sympla: site.bileto.sympla.com.br/vibrarbsb.

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