Cultura

Repente é registrado como Patrimônio Cultural do Brasil

Movimento artístico musical repente é foi considerado pelo Iphan um patrimônio cultural importante da cena popular

Júlia Cândido*
postado em 11/11/2021 18:10 / atualizado em 11/11/2021 18:10
 (crédito: Acervo Iphan)
(crédito: Acervo Iphan)

A 98ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aconteceu na manhã desta quinta-feira (11/11), tendo como primeira pauta o registro do movimento repente como Patrimônio Cultural do Brasil.

O pedido de registro foi efetuado em 2013 pela Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno. O Iphan, então, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, iniciou o processo de registro oficial, que inclui a reunião da documentação relacionada e registro audiovisual, produzido em parceria com o Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB). Durante a reunião do Conselho Consultivo, os 22 conselheiros aprovaram de forma unânime o registro do repente.

Agora o repente é oficialmente um Patrimônio Cultural do Brasil. Sendo importante para a identidade cultural nordestina, é um movimento artístico musical que teve suas primeiras aparições em meados do século 19 nos estados de Pernambuco e Paraíba, segundo fontes históricas. Os registros mais antigos têm origem na Serra do Teixeira, na Paraíba.

“É um importante bem cultural que representa o Nordeste e o Brasil, então é uma grande felicidade anunciar a aprovação do registro do repente como Patrimônio Cultural”, anunciou Tassos Lycurgo, diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan.

“É motivo de grande alegria ter as rimas e os versos do repente adentrando o rol do Patrimônio Cultural do Brasil, tanto por sua importância histórica quanto pela beleza da poesia e da música da manifestação”, comemora a presidente do Iphan, Larissa Peixoto, que também preside o Conselho Consultivo. “O repente tem seu lar na região Nordeste e também noutras capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília para onde as migrações nordestinas legaram essa arte. É uma manifestação que se tornou uma das faces do Brasil”, conclui, em material de divulgação.

 

*Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel


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