ESTREIA

Casa Gucci: livro que inspirou filme é relançado no Brasil

Com nova capa, novos projeto gráfico e posfácio (com acontecimentos posteriores à 1ª edição no Brasil, em 2008), livro revela bastidores da morte do herdeiro da marca italiana

Portal UAI
postado em 16/11/2021 20:37
 (crédito: MIGUEL MEDINA)
(crédito: MIGUEL MEDINA)

Prestes a ganhar as telonas em 25 de novembro, com direção de Ridley Scott e um elenco de peso como Lady Gaga, Adam Driver, Al Pacino e Jared Leto, a trajetória da família Gucci envolta em tragédias, ganancia e reviravoltas, foi publicada aqui no Brasil pela Editora Seoman, em “Casa Gucci”, de Sara Gay Forben. A obra, que deu origem ao longa, agora é relançada no mesmo mês que o filme homônimo chega aos cinemas.

Em edição atualizada, com nova capa, novo projeto gráfico e novo posfácio (que atualiza os acontecimentos posteriores à primeira edição no Brasil em 2008), o livro revela os bastidores da morte de Maurizio Gucci, herdeiro da fabulosa marca italiana.

Na manhã de 27 de março de 1995, Maurizio levou quatro tiros de um desconhecido. Dois anos depois, Filippo Ninni, o chefe de polícia entrou no suntuoso Palazzo da ex-mulher do herdeiro, Patrizia Reggiani Martinelli e a prendeu pelo assassinato. Carregado de detalhes e com estrutura que lembra um bom roteiro de filme de suspense, o livro desvenda os motivos do crime e revela um drama familiar, de perder o fôlego.

Para escrevê-lo, a historiadora de moda, Sara Gay Forben realizou inúmeras pesquisas aprofundadas sobre a trajetória da empresa e da família Gucci, reconstituiu o arquivo Gucci, além de entrevistar mais de cem pessoas, incluindo familiares, funcionários atuais e ex-funcionários, entre indivíduos intimamente ligados ao universo Gucci e seu drama.

“Muitas pessoas dividiram comigo suas experiências nas empresas e na família Gucci. Isso tem grande valor para mim, porque essa ligação com os Gucci inevitavelmente provoca emoções profundas e impressões duradouras. Até hoje, a grife Gucci e a família que a fundou continuam a inspirar, surpreender”, diz a autora. Sara também relata que, embora as autoridades penitenciárias tenham negado seus pedido para entrevistar Patrizia Reggiani Martinelli na prisão San Vittori, em Milão, a “Viúva Negra”, como era chamada imprensa, se correspondeu com a autora de sua cela, enquanto sua mãe incansavelmente respondeu às suas perguntas.

Já no Posfácio, Sara conta sobre os acontecimentos pós 2008, quando o livro foi publicado pela primeira vez, atualizando o dia a dia da família Gucci, assim como a trajetória do império Gucci. Ela revela, por exemplo, que, após sua libertação, Patrizia mudou-se com a mãe para a Via San Barnaba, no centro de Milão – a alguns passos do tribunal onde havia sido julgada e sentenciada por ter encomendado o assassinato de Maurizio. Ela declarou oficialmente que não tinha condições de se manter e ganhou uma pensão do governo de 300 a 400 euros por mês. Patricia também apelidou San Vittore de “Victor Residence” e falou bem do tempo que passou ali. “Às vezes eu gostaria de estar de volta à Victor Residence, porque minha mãe é muito difícil. Ela me repreende todos os dias sem motivo“, disse ela ao The Guardian. 

Sobre a autora

Sara Gay Forden morou em Milão, Itália, por 22 anos, durante os quais foi repórter de negócios e cobriu o crescimento da indústria da moda italiana para publicações como o Wall Street Journal, Bloomberg News, Women’s Wear Daily, The International Herald Tribune e W Magazine. Por mais de 15 anos, escreveu sobre a explosão de grifes como Gucci, Armani, Versace, Prada e Ferragamo, que passaram de ateliês familiares para marcas globais. Este livro é o resultado de pesquisas aprofundadas sobre a história da empresa e da família Gucci. 

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