MÚSICA

Morador de Brasília e vencedor do The Voice+, Zé Alexanddre lança EP

'Procura' é o primeiro single do álbum do artista, que optou por gravar blues e soul em sua retomada à carreira musical, iniciada em 1979

Irlam Rocha Lima
postado em 17/12/2021 06:00
 (crédito: Gabriel Nascimento/Gshow)
(crédito: Gabriel Nascimento/Gshow)

O Brasil tomou conhecimento de Zé Alexanddre em 1979 quando, ao lado de Oswaldo Montenegro, interpretou Bandolins, canção do amigo a quem conheceu na adolescência em Brasília, que classificou-se em terceiro lugar num festival promovido pela extinta TV Tupi. A partir dali, o fã de Cat Stevens, seguiu careira artística fazendo shows, gravando discos e e participando de musicais.

Recentemente, o cantor e compositor foi apresentado ao grande público durante a participação do The Voice Brasil +, do qual foi o grande vencedor. O contrato com a Universal Music e a consequente gravação de um álbum foi um dos prêmios que recebeu pelo feito. O lançamento de um EP é o passo inicial nesse projeto, que tem a canção Procura como primeiro single.

Procura, um blues que Zé Alexanddre compôs em 1991, ganhou arranjo de Torcuato Mariano, a quem o cantor conheceu durante o programa televisivo. O registro feito no estúdio Malibu, conta com a participação de uma big band de jazz e teve cordas gravadas em São Petersburgo, na Rússia.

Deixe a porta aberta é uma composição inédita, criada via zoom e feita a seis mãos. Zé Alexanddre e Torcuato Mariano são responsáveis pela melodia, enquanto Altay Veloso assina a letra. "Neste trabalho, escolhi gravar blues e soul que, apesar de serem estilos musicais de poucos acordes, transmitem muito sentimento e emoção", ressalta o artista. "É isso que quero compartilhar com as pessoas nessa nova fase, em que estou experimentando e me redescobrindo. Esse EP é um desafio, é a celebração de um novo tempo. É o eterno recomeço", acrescenta.

Três perguntas/ Zé Alexanddre

O que você vinha fazendo -- artisticamente -- antes do The Voice Brasil?

Assim que começou a pandemia, meu filho mais velho, Amure, sugeriu que eu fizesse lives, na intenção de não perder o contato com meu público. Isso bem antes do boom de lives que a gente teve no ano de 2020. E assim eu fiz. Fazia pelo menos duas lives por semana. Inclusive lives temáticas (Caetano, Gil, Cat Stevens, Clube da Esquina...). Trechos delas estão disponíveis no meu canal no YouTube. Algumas composições também surgiram nesse período..

Que importância atribui à conquista neste programa de TV?

A visibilidade foi uma grande conquista. Mas talvez a maior conquista foi saber de tanta gente nesse Brasil torcendo por mim. Senti finalmente o reconhecimento de uma legião de pessoas que continua admirando meu trabalho durante todos esses anos.

Irá fazer turnê com o show?

Certamente. Já estou na estrada com o meu novo show Soul, Blues e Outras estradas, cujo repertório, como o nome sugere, diz respeito ao universo do blues, do soul e das baladas. Mesma vibe que imprimi durante o programa The Voice. Agora, o que eu quero muito é mostrar esse show na cidade onde tudo começou, isto é, Brasília! quando eu cantava Cat Stevens no pilotis da 302 Sul com o Paulo André tocando violão. Num desses saraus, o Oswaldo Montenegro parou pra me escutar. Aí comecei a fazer shows com ele no Setor de Difusão Cultural e nunca mais paramos.

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