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Família Real tentou impedir Elton John de cantar no funeral da princesa Diana

Para a realeza, a música 'Candle in the wind' era "muito sentimental" para a ocasião

Cecília Sóter
postado em 30/12/2021 22:35
 (crédito: VALERY HACHE)
(crédito: VALERY HACHE)

Embora a atuação de Elton John em Candle in the Wind tenha se tornado um dos momentos mais memoráveis do funeral da princesa Diana, ele quase não aconteceu, graças ao Palácio de Buckingham.

A música foi escrita originalmente pelo cantor e compositor em memória de Marilyn Monroe após a morte em 1962. Posteriormente, ele retrabalhou a letra com o letrista de longa data Bernie Taupin para interpretá-la no funeral da amiga da realeza, em 1997. John notavelmente mudou a primeira linha de Goodbye, Norma Jean para Goodbye, England's rose na faixa.

Mas documentos dos Arquivos Nacionais do Reino Unido, obtidos pela Sky News, revelaram que membros importantes da família real tentaram impedir o momento especial. De acordo com os documentos, eles acharam que a letra atualizada era “muito sentimental” para a ocasião.

As objeções do palácio eram tão fortes que a Abadia de Westminster até manteve um saxofonista de prontidão para o caso de John não ter mais permissão para se apresentar. No entanto, o Reverendíssimo Dr. Wesley Carr, o então Reitor da Abadia de Westminster, implorou à realeza em uma nota pessoal para reconsiderar a posição sobre o assunto.

“Este é um ponto crucial no funeral e pedimos ousadia. É onde acontece o inesperado e algo do mundo moderno que a princesa representou. Respeitosamente, sugiro que qualquer coisa clássica ou coral (mesmo um clássico popular como algo de Lloyd Webber) é impróprio. Melhor seria a música anexa de Elton John (conhecida por milhões e sua música era apreciada pela princesa), que seria poderosa”, escreveu Carr.

Ele acrescentou, argumentando que a música capturou o sentimento de coração partido da nação na época. “Ele escreveu novas palavras para a melodia que está sendo amplamente tocada e cantada em todo o país em homenagem a Diana. Fica o tempo todo no rádio. Seu uso aqui seria imaginativo e generoso para os milhões que se sentem pessoalmente enlutados: é a cultura popular no seu melhor. Se as palavras fossem consideradas sentimentais demais (embora isso não seja de forma alguma uma coisa ruim, dado o clima nacional), elas não precisam ser impressas - apenas cantadas”, completou o reverendo.

Por fim, o Palácio de Buckingham permitiu ao músico homenagear a falecida amiga com a nova versão de Candle in the Wind. Segundo a revista People, Elton refletiu mais tarde sobre o momento de destaque de sua carreira. “Em certo sentido, foi o maior show da minha vida - por quatro minutos, eu literalmente seria o centro das atenções do mundo - mas, igualmente, não foi um momento de Elton John, não foi sobre a mim mesmo”.

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