Premiação

Prêmio Jabuti abre inscrições para autores e editores do país

Edição 2022 irá homenagear Sueli Carneiro, escritora e filósofa referência na luta contra o racismo e discriminação de gênero do Brasil

Correio Braziliense
postado em 01/04/2022 18:54
 (crédito: Material de divulgação)
(crédito: Material de divulgação)

Um dos maiores reconhecimentos literários do país, o Prêmio Jabuti abre o período de inscrição e consulta pública para a indicação de jurados. O tema da edição 2022 não poderia ser outro: o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, com um painel de grafite urbano como uma das ações da premiação.

Marcos Marcionilo, curador do 64º prêmio Jabuti, reflete sobre o poder da literatura como ferramenta da democracia. “A partir de 2018, o Prêmio Jabuti tem se tornado a cada ano mais abrangente. O resultado das últimas edições, especialmente a de 2021, mostra a força do livro como instrumento de democratização do conhecimento e da arte. Com 20 categorias, a premiação se desenha em quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação, de onde vem todo o seu alcance”, explica Marcionilo.

A organização do evento convidou os grafiteiros Raiz (Raí Campos), do Amazonas; Acidum Project (Tereza de Quinta), do Ceará; Rafael Jonnier, de Cuiabá; Ciro Schumann, de São Paulo; e Marcelo Pax, do Rio Grande do Sul, representando cada região geográfica do país, para trazer a linguagem do grafite para o evento. O objetivo é levar o público a ouvir, ver e ler autores negros, mulheres, indígenas e de gêneros diversos.

A inscrição vai até às 18h do dia 26 de maio e deve ser feita no portal de serviços da Câmara Brasileira do Livro. Àqueles que o fizerem até dia 27 de abril, recebem 10% de desconto na taxa de inscrição. Os vencedores recebem R$ 5 mil, além da estatueta. O ganhador da categoria Livro do ano recebe R$ 100 mil.

A homenageada de 2022 será a escritora e filósofa Sueli Carneiro, um dos principais nomes na luta contra a desigualdade étnico-racial e de gênero no país. Fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, Carneiro lutou pela implementação de cotas raciais nas universidades, por maior representatividade nas produções televisivas nacionais e pela dignidade da mulher negra.

“Com muita esperança, homenageamos a trajetória e a obra de Sueli Carneiro. Ela é referência mundial não só de pesquisadora e intelectual orgânica, mas também nosso grande exemplo de escritora afeita ao debate aberto e franco, um modelo para quem busca criar um pensamento gerador de práxis agregadoras. Em torno dela, na cerimônia, veremos reunirem-se muitas das forças culturais que buscam construir o Brasil plural que desejamos”, finaliza Marcos Marcionilo.

 



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