Memória

Nizo Neto relembra a morte do filho após consumo de ayahuasca

Rian Brito foi encontrado morto em 2016 na Praia de Quissamã, no Rio de Janeiro. O corpo já em estado de decomposição

O ator Nizo Neto, 58 anos, recordou durante participação no podcast Bac casta morte do filho Rian Brito após o consumo de doses de chá de ayahuasca, uma planta com potencial alucinógeno.

Rian Brito foi encontrado morto em 2016, na Praia de Quissamã, no Rio de Janeiro. O corpo já em estado de decomposição.

Nizo Neto contou que o jovem teve contato com a ayahuasca pela primeira vez no Porta do Sol, centro espiritual fundado pela atriz Leona Cavalli.

Segundo o ator, após tomar o chá, o rapaz desenvolveu esquizofrenia e precisou ser internado em uma clínica.

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"Meu filho tomou ayahuasca... algumas doses e teve um surto psicótico. Ele estava procurando uma forma espiritual de lidar com uma perda amorosa que ele teve e começou a tomar. Lá pela terceira ou quarta dose, ele pirou. Não queria mais comer. Dizia que, se fosse comer, estaria traindo Deus", contou Nizo.

Nizo contou que, ao questionar o filho sobre as supostas traições a Deus, o rapaz fazia afirmações sem fundamento.

"Ninguém entendia e vimos realmente que tinha uma coisa muito estranha acontecendo. Ele começou a emagrecer demais. Um cara de 1,80m pesando 50kg. Totalmente anoréxico e com a pele já acinzentada. Falaram [os especialistas]: 'se ele tomou ayahuasca, essa crise que ele está tendo... isso é clássico, é uma coisa muito séria, meio que um caminho sem volta'", relatou.

Nizo contou que, após a morte do filho, procurou famílias que passaram por situações semelhantes. "Ouço relatos de quem tomou e curou a depressão, largou drogas e alcoolismo. Tem gente que diz: 'Tomei e passei muito mal, nunca mais vou tomar'. Tem gente que fala: 'Tomei e não aconteceu nada'", explicou.

"O grande problema disso é que não tem como detectar se a pessoa tem alguma pré-disposição psiquiátrica. Meu filho era absolutamente normal, não demonstrava nada. Não tinha depressão, não tomava remédios controlados, absolutamente normal, um jovem de 26 anos. Isso não é um caso isolado porque recebi diversos relatos de pais falando que aconteceu a mesma coisa com os filhos, que desenvolveram esquizofrenia, se suicidaram", completou.

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