show em Brasília

Caetano encantou brasilienses com show 'Meu Coco' nesta sexta-feira (7/10)

O cantor Caetano Veloso se apresentou no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e agitou o público com canções de seu novo disco e clássicos de sua carreira

Irlam Rocha Lima
postado em 08/10/2022 01:11 / atualizado em 08/10/2022 01:20
 (crédito: Reprodução/@misturinha)
(crédito: Reprodução/@misturinha)

Caetano Veloso está on. Na apresentação que fez nesta noite de sexta-feira (7/10) para quatro mil pessoas no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o cantor e compositor baiano, aos 80 anos, exibiu impressionante jovialidade em cena. Mantendo a voz firme e modulada, interpretou um extenso repertório em que intercalou músicas do Meu Coco, título do novo álbum — que, também, deu nome ao show —, com clássicos de sua obra.

Acompanhado por uma banda, responsável por sonoridade, em que priorizou o ritmo percussivo, Caetano abriu o espetáculo com Avarandado, faixa de Domingo o LP de estreia, gravado com Gal Costa, no longínquo ano de 1967. Usando um figurino totalmente banco, foi ouvido atentamente pela plateia ao cantar composições do trabalho mais recente, entre as quais Anjos tronchos, Ciclamem do Líbano, Enzo Gabriel e Não vou deixar, além da faixa título.

Os fãs, claramente ávidos por ouvir canções consagradas, juntaram suas vozes à do cantor quando ele revisitou, por exemplo, Sampa, Cajuína, Muito Romântico, Leãozinho, Baby, Menino do Rio, Reconvexo e You don't know me. Ao final desta última ele lembrou que ela foi composta há 50 anos, quando estava no exílio em Londres, para o disco Transa.

Quase ao final do show, ao falar sobre o prazer de cantar em Brasília, "mesmo em tempo tenso como o de agora", usou os dedos da mão direita para fazer um "L". Imediatamente boa parte do público, em coro, gritou "Lula lá, Lula lá, Lula lá". Já com os espectadores em pé, Caetano retornou ao palco, para o bis, e cantou Odara, em que um trecho da letra diz: "Deixa eu cantar/ Que é pro mundo ficar odara/ Pra ficar tudo joia rara/ Qualquer coisa que se sonhara".

Cantora brasiliense, que assistiu ao show numa das primeiras filas do auditório, Clara Telles ressaltou o quanto gostou do que viu e ouviu: "Uma noite com o artista dos artistas, o pai de todas as letras, nosso guia e minha maior inspiração na música". Ela contou que incluiu no seu primeiro disco, A Bossa Nova é Foda, canção do álbum Abraçaço, da trilogia do projeto de Caetano Veloso.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação