Música

'Sonho a céu aberto': Marcelo Falcão e Hungria comentam curta-metragem

A parceria dos artistas garantiu o prêmio no Los Angeles International Music Festival; Confira a entrevista deles ao Correio

Ândrea Malcher*
postado em 21/11/2022 03:50
 (crédito: Fotos: Divulgação/Rodolfo Magalhães e Divulgação/Heros Cegatta)
(crédito: Fotos: Divulgação/Rodolfo Magalhães e Divulgação/Heros Cegatta)

O frontman da banda O Rappa, Marcelo Falcão, vem se dedicando à carreira solo desde a pausa anunciada, em 2018. Depois do álbum Viver (mais leve que o ar), de 2019, o cantor agora desbrava território internacional. O videoclipe e curta-metragem Céu aberto, em parceria com o rapper Hungria, foi premiado na terceira edição do Los Angeles International Music Video Festival. O Correio conversou com os dois sobre a conquista.

Céu aberto acompanha um menino que mora na favela e sonha em ser jogador de futebol."Essa é a história das crianças que nascem nas periferias, nas comunidades, essa é a realidade de milhares de pessoas e foi a minha também. Levantar o tema é uma forma de inspirar essa galerinha a acreditar em si mesma", explica Marcelo Falcão.

A mensagem da música e do curta, dirigido por Mess Santos, é entregue, ainda, com os depoimentos do jogador de futebol Neymar, do humorista e digital influencer Whindersson Nunes e do muralista Eduardo Kobra, além de imagens da comunidade do Vidigal. "A música tem essa vibe de passar uma mensagem positiva, motivadora e ver isso extrapolar as fronteiras do Brasil é incrível. Estou muito feliz", comemora o premiado.

A parceria com Hungria parece uma continuação do clipe. "Sonhar é minha máquina de incentivo", celebra. Cria da Ceilândia, ele viu o sucesso bater à porta com o single Cama de casal, cujo clipe teve 700 mil visualizações no YouTube, contabilizando apenas o dia da estreia na plataforma. Para o rapper, poder colaborar com Falcão é uma grande realização. "Ele era aquele cara pelo qual sempre tive um grande respeito e de repente estava ali na minha frente gravando comigo! A partir daí, além de esse respeito ter se multiplicado, nasceu uma amizade pela qual tenho muito orgulho e alegria", conta.

Para Marcelo Falcão, o encontro também foi uma chance de poder dialogar com outra fatia de seu público habitual. "Foi uma ótima oportunidade de estar perto não só do meu público, mas da galera mais jovem também. A música é esse tipo de arte onde as ideias não ficam presas a idades e gerações", diz o compositor. "Ver essa galera nova fazendo a diferença na cena, ouvir de alguns deles que eram meus fãs, que de alguma forma minha música serviu de referência para eles, isso é muito significativo."

Hungria é um desses novos nomes que vem dominando a cena de rap e hip hop nacional: um dos maiores hits da carreira, Lembranças conta com mais de 300 milhões de acessos no YouTube. "Acho que já consigo ter um certo espaço no mercado como um todo, mas isso não pode ser lugar de conforto. Todo dia tem que tentar entregar algo novo para meu público", observa o jovem talento.

Entre um fruto da nova geração e um veterano da indústria fonográfica há muito espaço para troca. Hungria enxerga a trajetória dos dois como a base de Céu aberto. "Somos guerreiros e batalhadores e isso une nossa musicalidade e inspirações."

O single Céu aberto foi lançado em 2021 e o clipe atualmente tem mais de 5 milhões de visualizações no YouTube — um inegável sucesso. Falcão antecipa que outras colaborações vem por aí. "As parcerias são formadas em cima do carinho e respeito, amizades, para que assim elas aconteçam. Estou perto de lançar meu segundo disco solo, que sai no início de 2023, e estou muito feliz com tudo isso", finaliza.

*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação