Luto

Caetano Veloso se emociona ao falar de Gal Costa: "Era doce e bárbara"

Caetano conheceu Gal aos 18 anos quando moravam na Bahia e, desde então, os dois se consideram irmãos

Talita de Souza
postado em 09/11/2022 18:50 / atualizado em 09/11/2022 18:50
Durante entrevista sobre a morte de Gal Costa, Caetano Veloso chora ao falar da artista -  (crédito: GloboNews/Reprodução)
Durante entrevista sobre a morte de Gal Costa, Caetano Veloso chora ao falar da artista - (crédito: GloboNews/Reprodução)

O cantor Caetano Veloso se emocionou e chorou ao comentar a morte da amiga, a cantora Gal Costa, que faleceu na manhã desta quarta-feira (7/11), aos 77 anos. Em entrevista, o artista exaltou a existência e a carreira de Gal, a quem definiu como “doce e bárbara”.

“Ela era doce e bárbara, mas quase que permanentemente doce. Ela não era bárbara no sentido de brava, mas o que era bárbaro nela era uma espécie de teimosia preguiçosa, uma coisa curiosa, porque ela não tinha agressividade, mas tinha algo que nela que a fazia permanecer”, declarou o cantor no programa Estúdio i, da GloboNews. .

Caetano conheceu Gal aos 18 anos quando moravam na Bahia e, desde então, os dois se consideram irmãos. A união dos dois trouxe frutos não apenas para o meio profissional de Gal e Caetano, mas também no pessoal: Gal era amiga de Dedé Gadelha, a primeira esposa de Caetano que o artista só conheceu por ter curiosidade de conhecer uma “menina que cantava muito bem”, segundo uma professora que ele conhecia.

Na primeira vez que se conheceram, Caetano conta que já entendeu a excelência da então desconhecida artista. “Ela cantou para mim e eu disse que ela era a maior cantora do Brasil”, lembrou.

Durante a participação no telejornal, o cantor chorou ao declamar um trecho de uma música que compôs para a amiga que, para ele, representa a grandeza do talento e da existência de Gal. “Ao longo dos anos, eu compus muitas músicas para a Gal cantar — a pedido dela. Ela apenas me avisava que estava fazendo um novo disco, que queria uma canção. E eu sempre fazia”, explica.

“E tem uma canção cuja letra talvez responda a sua pergunta e que diz assim: ‘Minha voz, minha vida. Meu segredo e minha revelação. Minha luz escondida. Minha bússola e minha desorientação. Se o amor escraviza, mas é a única libertação, minha voz é precisa. Voz que não é menos minha que da canção’”, declamou Caetano, com a voz embargada, uma estrofe da música Minha voz, minha vida, presente no álbum Minha voz, lançado em 1992 por Gal.


Para o amigo, Gal era “libertadora”, tanto para “mulheres, como para nós, homens, como para todo mundo”.

Newsletter

Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação