Literatura

Livro celebra e ressalta importância das religiões de matriz africana

O livro foi distribuído gratuitamente no terreiro. Este ano, a obra será divulgada para o grande público

Vinícius Milhomem*
postado em 11/01/2023 06:00
 (crédito: Randal Andrade)
(crédito: Randal Andrade)

O livro Odé Igbó: Cultura e resistência ressalta a importância das religiões de matriz africana por meio da história da casa de candomblé Ilê Asé Ódé Fún Mi Layó (A casa da força do guerreiro que trouxe a alegria). A obra foi idealizada e escrita por Randal Andrade. Em dezembro do ano passado, dez cantigas de candomblé, produzidas por Cacai Nunes e Randal Andrade, foram publicadas nas principais plataformas de streaming de áudio.

O terreiro Ilê Axé Odé Fun Mi Layo do babalorixá Odé Igbó (o zelador do terreiro), Tadeu Bezerra do orixá Oxóssi, está localizado em Sobradinho 2. O livro traz a história dos 27 anos do terreiro, contada por meio da narração do Babalorixá Tadeu Bezerra e por algumas entrevistas realizadas com os integrantes da casa, além de fotos e ilustrações.

Randal Andrade enfatiza que o livro é importante no combate contra o racismo religioso e no respeito aos terreiros do Distrito Federal: "Esperamos ver esse trabalho repercutir não apenas no meio artístico, mas também mas também dando suporte a luta em prol da tolerância e do respeito para com as comunidades de terreiro do DF", diz.

Eventos

O livro foi distribuído gratuitamente no terreiro. Este ano, a obra será divulgada para o grande público. "Isso é de fundamental relevância para a memória e continuidade dos ritos desta comunidade", explica Randal Andrade.

A casa Ilê Axé Odé Fun Mi Layò apresenta um calendário cheio ao longo do ano, com vários Xirés no DF (festas tradicionais de candomblé). Para a celebração das festas e dos eventos, o terreiro conta com uma orquestra de tambores, o Afoxé Odé Igbó. "O afoxé com seus símbolos, gestos, vestimentas, cores, sons, sabores e o encanto proveniente do axé, essa energia sublime e vital que faz do afoxé uma representação do candomblé fora do terreiro", destaca Randal.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco

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