Cinema

Festival internacional de documentário ocupa o Cine Brasília nesta terça

Fronteira: Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental reúne produções nacionais e internacionais que ficaram de fora do grande circuito comercial

Cena do filme Lubrina, uma das atrações do Festival Fronteiras  -  (crédito: Vinícius Fernandes/ Divulgação)
Cena do filme Lubrina, uma das atrações do Festival Fronteiras - (crédito: Vinícius Fernandes/ Divulgação)
Luíza Grecco Altoé*
postado em 29/08/2023 10:12 / atualizado em 29/08/2023 10:26

Quando a tela do cinema exibe as diversas cenas de um filme, uma gama de pensamentos, possibilidades, opiniões e posicionamentos do público são formados ou desmembrados, à medida que a história é desenvolvida. Mantendo essa ideia de fomentar a diversidade cultural, nesta terça-feira (29/8), o Cine Brasília inicia a quinta edição do Fronteira: Festival Internacional do Filme Documentário e Experimental, com produções cinematográficas nacionais e internacionais gratuitas em cartaz até domingo (3/9). Nesta noite, às 19h, estreia o filme irlandês Eu vejo a escuridão, de Katherine Waugh e Fergus Daly.

"A ideia é ver filmes que não foram escolhidos por distribuidoras, ou mesmo pelo mercado, mas filmes que nem chegam a ser distribuídos comercialmente no Brasil, a maioria completamente inéditos", afirma Juliane Peixoto, produtora, diretora e curadora do festival. As 47 produções navegam por reparação de direitos e liberdade, conduzindo o espectador a imaginar novas realidades, mas,  principalmente, combatem a hegemonia frustrante que o setor audiovisual vem enfrentando.

Os curtas, médias e longas metragens são distribuídos em duas mostras. A primeira, Cadmo e o Dragão, é especialmente dedicada a filmes locais e apresenta cinco desses do Centro-Oeste, em dois programas, no domingo. A segunda, intitulada Cineastas na Fronteira, contém 15 programas e se estende até sábado (2/9), com filmes contemporâneos produzidos em 2022 por 21 países do globo. "Estamos falando de pontos de encontro entre vivências diferentes neste planeta, atravessamentos que filmes de diferentes territórios podem ter", completa Juliane.

A escolha de Eu vejo a escuridão para iniciar a programação também reflete o que vem a seguir. "Ele anuncia um cinema que pensa e discute questões contemporâneas que não são somente contar histórias. Quando ele chegou, a seleção já nos convocava para isso, mas ele levanta a pergunta fundamental "porque filmar?" e isso atravessa toda a programação do festival. Isso é importante porque queremos pensar e discutir questões contemporâneas e mostrar a vida, o mundo, as pessoas, a terra, e tudo que existe como invenção", explica Juliane.

Para o encerramento, no domingo, será promovida uma sessão especial com Anhell69, do colombiano Theo Montoya, premiado no Olhar de Cinema de Curitiba como melhor filme na categoria principal e no júri popular. O festival tem co-produção de Júpiter Filmes e Barroca Filmes, e foi realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). Ana Flávia Marú, Camilla Margarida, Henrique Borela, Juliane Peixoto, Marcela Borela e Rafael Castanheira Parrode assinam a curadoria.

*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco

Serviço

V Fronteira Festival

Nesta terça-feira (29/8), às 19h, com a exibição de Eu vejo a escuridão, de Katherine Waugh e Fergus Daly, no Cine Brasília (SQS 106). Entrada gratuita e programação no site www.fronteirafestival.com.

 


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