MÚSICA

Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá fazem show em Brasília neste sábado (3/8)

Show celebra os álbuns As quatro estações e V; espetáculo acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães

Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e convidados: celebração das estações da Legião Urbana -  (crédito: Roberto Zylberman/Divulgação)
Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e convidados: celebração das estações da Legião Urbana - (crédito: Roberto Zylberman/Divulgação)

Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá desembarcam em Brasília para a reta final da turnê As V Estações, celebrando os álbuns As Quatro Estações e V. O projeto dos integrantes do Legião Urbana teve início em 2015, com intuito de reverenciar o primeiro álbum da banda, que estava completando 30 anos. Além de Bonfá e Villa-Lobos, André Frateschi está no vocal e bateria junto de Mauro Berman (baixo e teclado), Lucas Vasconcellos (guitarra e violão) e Pedro Augusto (teclado). O show será, hoje, no Centro de Convenções Ulysses, às 22h.   

As Quatro Estações, quarto álbum de estúdio da banda, foi lançado em outubro de 1989. Com sucessos como Há tempos, Pais e filhos, Monte Castelo e Meninos e meninas,  teve quase 2 milhões de cópias vendidas. Em sequência, o álbum V, de dezembro de 19991, foi um disco de platina triplo com faixas como O Teatro dos Vampiros e Vento no litoral.

Sobre o repertório, Marcelo Bonfá gosta das músicas que a banda tocou pouco na trajetória e que tem a oportunidade de cantá-las agora como "Metal contra as nuvens" e  "Eu era um lobisomem juvenil". Além disso, as que Bonfá toma a posição de vocalista também se tornaram suas favoritas como Por enquanto e Se fiquei esperando meu amor passar. 

André Frateschi, vocalista da turnê, destaca a importância da cidade de Brasília em sua carreira e conexão com a banda. "Ficar em Brasília sempre é diferente. Mesmo não sendo daí, vem a sensação de voltar para a origem. De alguma forma, é também a minha origem, pois foi no Nilson Nelson em 1985 onde, pela primeira vez, tive meu contato imediato de terceiro grau com a Legião. Foi o momento da grande epifania da minha vida no qual  vislumbrei o que seria minha vida e onde eu seria feliz: no palco, cantando rock. Então, para mim também tem esse reencontro, é como voltar ao planeta de origem. Tudo na minha vida profissional começou em Brasília". 

Com orgulho de ter vindo da capital, Dado Villa-Lobos se sente feliz de ter deixado uma marca na música de Brasília e de ter trabalhado a identidade musical brasiliense. Sobre a importância de reviver as canções da banda, Dado comenta: "Consigo ver como é importante para o nosso público e para a gente ter feito essa obra dessa forma e ter transformado isso em quase um patrimônio da cultura musical brasileira. A gente sobe no palco e se entrega e o público se entrega também e a gente percebe muito isso. Vale a pena". 

 "O que temos vivido nos palcos nessa turnê vai muito além da música. Todas as noites comprovamos a força atemporal dessas canções. Elas existem em muitas esferas, e são parte do país. Isso acontece pois as pessoas levam dentro de si as letras do Renato. O tempo não age nisso, no máximo, adormecem. E quando se dá o reencontro uma onda de energia muito preciosa se levanta e se espalha. Não é só um show de rock, é uma identidade que se conecta com quem tá do lado e produz uma felicidade muito especial no público e na banda. Sei muito bem que isso não é corriqueiro, mas raro e parte de quem somos", complementa André Frateschi sobre a vivência na turnê. 

Apesar de reconhecer que diminuiu o interesse pelo rock, Dado acredita que o processo de mudança no jeito de fazer música é natural, principalmente por conta do meio digital. "Agora, sempre vai ter um maluco na garagem com os amigos dele fazendo som. Então, independentemente se for com uma bateria, um contrabaixo, uma guitarra e um teclado, sempre vai ter aquele espírito inovador de querer quebrar paradigmas. Eu espero que seja assim", complementa o músico, de forma esperançosa. 

Mantendo viva a chama do rock brasiliense, André Frateschi se sente muito sortudo de ser porta-voz dessas canções e vivenciar a beleza de cada show pelo Brasil. "Saber que o trabalho que estamos fazendo é muito importante para o país à medida que desperta nas pessoas sensações e emoções que podem, na minha opinião, mudar um pouco o mundo. Costumo dizer que só o rock salva, e no final das contas acredito mesmo nisso. O poder sutil da arte é capaz de transformar as pessoas, e portanto, o mundo."

Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco*


AS V ESTAÇÕES 

Hoje, ás 22h, no Centro de Convenções Ulysses (St. de Divulgação Cultural). Ingressos a partir de R$ 110 (meia entrada) taxa da Bilheteria Digital. 

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postado em 03/08/2024 03:55
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