
Morreu, neste sábado (28/12), o ator, dramaturgo e professor Tullio Guimarães, aos 61 anos, após 15 dias internado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). De acordo com familiares, o agravamento de uma crise hepática causou a morte do artista, em decorrência de falência de outros órgãos.
O irmão de Tullio, Bruno, que o acompanhou em inúmeros espetáculos, comandando cenografia, sonoplastia e iluminação de montagens, comunica que as homenagens fúnebres serão no domingo (29/12), das 10h às 11h30, em crematório de Valparaíso de Goiás.
"Tullio era genial, culto, altamente generoso, carismático demais. Ele tinha a dádiva de ensinar — reservando muito para o ensino de idosos. Na verdade, dava aula para pessoas de qualquer idade", observou o irmão Bruno, artista plástico e gastrônomo. Entre algumas das peças que criou ou encenou, Tullio esteve à frente de O mundo, na qual dispunha dos conhecimentos da arte do butô, A árvore da vida e Volver a Leticia (nesta, dirigida por Alexandre Ribondi, morto há ano e meio, repassava momentos históricos da carreira). De ascendência judaica, Tullio não praticava, mas era simpatizante de preceitos religiosos.
Muitos amigos, entre os quais o diretor Plínio Mósca e o artista Wol Nunnes se manifestaram nas redes, quanto à perda do amigo. "O teatro de Brasília e a Cultura do Brasil hoje ficaram mais pobres", grafou Mósca. Nunnes lamentou a perda do amigo que conhecia desde 1987.
Colega de personalidades como Alexandre Ribondi, Dulcina de Moares e B. de Paiva, Tullio suscitou outros depoimentos nas redes sociais. O dramaturgo e jornalista Sérgio Maggio publicou uma homenagem ao amigo. "Tullio Guimarães, amigo, artista, mestre fogoso, brincante latino. Ficamos tristes e saudosos porque existiam tantos sonhos no caldeirão... Mas aliviados porque não caberiam dores em sua alma de Peter Pan. Descanse e nos inspire", escreveu.
"Profundo pesar, com a notícia triste" foi reproduzido, em nota de pesar, assinada por Gilberto Rios, da Fundação Brasileira de Teatro e da Faculdade Dulcina de Moraes. Representante do cinema candango, Marcelo Diaz deixou eternizada a lembrança pelo afeto de Tullio, durante sessão do documentário Maria Luiza, em que muito se aproximou "do cara especial" que era Tullio.