
O caso envolvendo Miley Cyrus e as alegações de plágio sobre seu single “Flowers” ganhou novos contornos nesta semana.
Durante uma audiência em Los Angeles, o juiz responsável pela ação decidiu que o processo pode continuar, barrando o pedido da cantora e seus co-réus para arquivar a acusação.
O processo, movido pela Tempo Music Investments, levanta questões sobre os direitos autorais e a legitimidade de quem pode ou não processar por supostas infrações de propriedade intelectual.
O sucesso de Miley Cyrus, lançado em janeiro de 2023, rapidamente se tornou um dos maiores hits de sua carreira. No entanto, “Flowers” não demorou a gerar comparações com o hit “When I Was Your Man”, de Bruno Mars, especialmente por conta das semelhanças melódicas, harmônicas e até líricas entre as duas faixas.
A acusação de plágio surgiu quando a Tempo Music Investments, que detém parte dos direitos da canção de Mars, entrou com a ação, alegando que a cantora teria se apropriado indevidamente de elementos de sua música.
A Tempo Music Investments adquiriu parte dos direitos de “When I Was Your Man” após comprar a participação do compositor Philip Lawrence.
No entanto, os advogados de Miley Cyrus questionaram a legitimidade dessa empresa para mover a ação, argumentando que o único co-compositor de Mars que se opôs a Cyrus foi Lawrence, enquanto os demais não apresentaram qualquer queixa sobre a similaridade entre as faixas.
Durante a audiência, o juiz responsável pelo caso destacou que barrar um processo como este poderia ter implicações prejudiciais para o mercado de direitos autorais.
A decisão de permitir que a ação siga adiante reflete um posicionamento de proteção à integridade da propriedade intelectual e ao direito dos titulares de direitos autorais de processar infratores, mesmo que em situações em que a alegação de plágio venha de um único titular.
Embora o juiz ainda não tenha tomado uma decisão final sobre a continuidade ou desfecho da ação, sua postura levanta um ponto importante sobre a dinâmica de disputas envolvendo direitos autorais na indústria da música.
O desfecho do caso pode abrir precedentes significativos, principalmente em relação àqueles que detêm frações de direitos autorais, mas que são responsáveis por proteger suas obras em conjunto com outros co-compositores.
Miley Cyrus: Nova perspectiva no horizonte
Além do imbróglio jurídico, a cantora tem se concentrado em novos projetos musicais. Recentemente, Miley anunciou que está trabalhando em um álbum visual, inspirado por Pink Floyd, para ser lançado em 2025. A ideia, que remonta a discos icônicos como “The Wall” da banda britânica, promete uma nova era criativa para a artista, com visuais glamourosos e influências da cultura pop, algo que pode marcar sua redenção após um período de críticas pela falta de novos projetos audiovisuais.
Com o futuro de “Flowers” ainda incerto no tribunal, Miley Cyrus segue navegando entre os desafios legais e suas ambições artísticas, deixando seus fãs ansiosos para os próximos capítulos dessa história.
O caso de plágio envolvendo Miley Cyrus e a música “Flowers” não só coloca em debate a natureza das disputas de propriedade intelectual, mas também como as grandes figuras da música lidam com alegações de imitação. A questão da legitimidade dos processantes pode afetar profundamente o rumo de futuras disputas no setor, e o veredicto final ainda promete gerar discussões sobre os limites da criatividade e os direitos sobre as obras musicais.