Uma semana após o lançamento de “Manchild”, Sabrina Carpenter surpreendeu os fãs com o anúncio de seu sétimo álbum de estúdio, “Man’s Best Friend”, previsto para 29 de agosto via Island Records. A novidade foi revelada pela própria cantora durante uma transmissão ao vivo no Instagram, em um momento descontraído no qual folheava discos de lendas como Donna Summer, ABBA e Dolly Parton — referência direta às influências por trás da nova fase.
O anúncio marca mais uma etapa importante na atual ascensão de Sabrina. O single “Manchild”, lançado em 5 de junho, rapidamente conquistou o topo do Spotify nos Estados Unidos, acumulando quase dois milhões de reproduções diárias e ganhando força com sua estreia ao vivo no Primavera Sound, em Barcelona.
Apesar de não ter planejado um novo disco para 2025, Sabrina revelou, em comunicado enviado por e-mail aos fãs, que a inspiração surgiu de forma natural. “Tentei não pensar demais desta vez”, compartilhou. “Me senti tão em paz fazendo ‘Man’s Best Friend’ que parecia um presente que eu precisava valorizar enquanto tudo se encaixava sem esforço.”
A proposta do novo álbum reflete um momento mais espontâneo em sua carreira. Segundo a cantora, a leveza do processo foi influenciada por nomes que marcaram sua formação musical: “Estava ouvindo muito Stevie, Dolly, Donna… e percebi que muitos dos artistas que admiro lançavam um disco por ano”. O comentário levanta a possibilidade de uma nova frequência criativa para Sabrina, cujo último projeto, “Short n’ Sweet”, rendeu aclamação crítica e venceu o Grammy em 2024. A edição deluxe, lançada em fevereiro deste ano, incluiu um dueto com Dolly Parton em “Please Please Please”.
O título e a estética de “Man’s Best Friend” também indicam um novo lado da artista. A capa do álbum, revelada no vídeo da live, mostra Sabrina em uma composição ousada e irreverente — ou, como ela mesma descreveu nas redes, “pronta para causar”.
Sabrina Carpenter enfrenta críticas
Sabrina Carpenter está em alta. Em um momento de absoluto protagonismo no pop global, a cantora aparece como capa da Rolling Stone norte-americana, entregando mais do que apenas uma estética sensual e bem produzida: ela abre o coração, expõe feridas e reafirma sua visão artística.
Acompanhada de fotos provocantes e ousadas, Sabrina não se esquivou de temas espinhosos, especialmente as críticas que vem sofrendo por conta de sua aparência. Em um cenário onde os holofotes não descansam, ela revela que, mesmo com o sucesso estrondoso, enfrenta momentos sombrios.
“As pessoas comentam sobre minha aparência todos os dias. Então, quando não estou me sentindo bem por dentro e por fora, tento encarar como se fosse apenas um pesadelo”, desabafa.
Aos 25 anos, Sabrina se tornou uma das artistas mais ouvidas do mundo, com hits que dominam plataformas e redes sociais. Mas o preço da fama, como mostra a entrevista, nem sempre é fácil de pagar.
Um dos trechos mais fortes da conversa revela o impacto emocional da superexposição. “Quanto mais olhares estão sobre você, mais difícil é amar o que você faz. É uma luta constante manter o amor pela arte e pelo palco. As críticas contaminam tudo. Elas afetam amizades, relacionamentos e até a sua visão sobre si mesma”, diz a cantora.
Esse tipo de sinceridade é raro em uma indústria marcada por filtros e narrativas calculadas. Carpenter, que começou a carreira ainda adolescente, cresceu sob os olhos atentos da mídia e do público. Hoje, mais madura, ela parece determinada a se manter fiel ao que sente, mesmo que isso signifique abrir vulnerabilidades em rede nacional.
Além de falar sobre saúde mental, a artista também abordou a pressão estética que recai sobre as mulheres, especialmente aquelas no centro da cultura pop. “Ser assertiva ou saber o que quer não faz de você uma má pessoa. Por muito tempo, recorri ao sarcasmo como ferramenta de expressão, porque era a única forma de me posicionar sem parecer grosseira. As mulheres são constantemente obrigadas a suavizar o que dizem para não assustar”, comentou.