
Sabrina Carpenter vive um dos momentos mais altos de sua carreira — lotando turnês, emplacando hits e se preparando para o lançamento de um novo álbum. Mas quem acompanha sua trajetória desde o início sabe que o caminho até aqui passou por turbulências, especialmente em 2021, quando “drivers license”, de Olivia Rodrigo, estourou no mundo todo e colocou Sabrina no centro de um triângulo amoroso especulado entre Olivia, Joshua Bassett e ela mesma.
A narrativa que viralizou parecia saída de um roteiro teen: um casal que termina, uma nova garota na história, e uma canção confessional que expôs sentimentos profundos — e, para muitos fãs, endereçados com nome e sobrenome. “Eu não penso nisso, nunca”, crava Sabrina em entrevista à Rolling Stone.
A declaração é direta, mas não fria. Pela primeira vez em muito tempo, Sabrina decidiu comentar abertamente sobre o que aprendeu com a avalanche de julgamentos e interpretações que surgiram após o lançamento da música de Olivia. “Tudo que eu sabia é que aquilo não ia me parar de fazer o que eu amava, nunca”, afirma.
Para ela, a lição foi de autoconfiança e maturidade. “Às vezes, o que importa é a resiliência. O que aquela época me ensinou foi a simplesmente confiar em mim mesma, a confiar que tudo vai dar certo como deveria, e a confiar que os relacionamentos existem na sua vida por um motivo. Você pode não perceber isso no momento, mas percebe depois.”
Na época, Olivia Rodrigo também falou sobre a repercussão inesperada de seu maior sucesso. Em entrevista à Variety, a cantora revelou ter se assustado com a proporção das especulações. “Eu lancei a música sem saber que geraria essa reação, então foi realmente estranho quando aconteceu. Eu me lembro de todos muito esquisitos e especulativos sobre coisas das quais não tinham a menor ideia.”
Olivia ainda lamentou o discurso de rivalidade feminina que emergiu com força nas redes sociais: “Eu realmente não acredito no ódio contra outras mulheres por causa de caras. Eu acho isso tão estúpido, e eu realmente me ressinto que essa narrativa estava sendo divulgada.”
Com o tempo, as três partes envolvidas seguiram suas carreiras de forma independente — cada uma com sua música, sua história e sua evolução. Sabrina, agora mais segura, mostra que não é definida por nenhuma polêmica, e sim pela sua arte. Como ela mesma diz, sem hesitar: “Aquilo nunca iria me parar.”
‘Man’s Best Friend’: detalhes sobre o novo álbum de Sabrina Carpenter
Uma semana após o lançamento de “Manchild”, Sabrina Carpenter surpreendeu os fãs com o anúncio de seu sétimo álbum de estúdio, “Man’s Best Friend”, previsto para 29 de agosto via Island Records. A novidade foi revelada pela própria cantora durante uma transmissão ao vivo no Instagram, em um momento descontraído no qual folheava discos de lendas como Donna Summer, ABBA e Dolly Parton — referência direta às influências por trás da nova fase.
O anúncio marca mais uma etapa importante na atual ascensão de Sabrina. O single “Manchild”, lançado em 5 de junho, rapidamente conquistou o topo do Spotify nos Estados Unidos, acumulando quase dois milhões de reproduções diárias e ganhando força com sua estreia ao vivo no Primavera Sound, em Barcelona.
Apesar de não ter planejado um novo disco para 2025, Sabrina revelou, em comunicado enviado por e-mail aos fãs, que a inspiração surgiu de forma natural. “Tentei não pensar demais desta vez”, compartilhou. “Me senti tão em paz fazendo ‘Man’s Best Friend’ que parecia um presente que eu precisava valorizar enquanto tudo se encaixava sem esforço.”
A proposta do novo álbum reflete um momento mais espontâneo em sua carreira. Segundo a cantora, a leveza do processo foi influenciada por nomes que marcaram sua formação musical: “Estava ouvindo muito Stevie, Dolly, Donna… e percebi que muitos dos artistas que admiro lançavam um disco por ano”. O comentário levanta a possibilidade de uma nova frequência criativa para Sabrina, cujo último projeto, “Short n’ Sweet”, rendeu aclamação crítica e venceu o Grammy em 2024. A edição deluxe, lançada em fevereiro deste ano, incluiu um dueto com Dolly Parton em “Please Please Please”.
O título e a estética de “Man’s Best Friend” também indicam um novo lado da artista. A capa do álbum, revelada no vídeo da live, mostra Sabrina em uma composição ousada e irreverente — ou, como ela mesma descreveu nas redes, “pronta para causar”.