
Sabrina Carpenter se viu, mais uma vez, no centro de uma polêmica desta vez, por uma imagem.
A cantora e atriz norte-americana, que vive fase intensa de visibilidade artística e midiática, precisou vir a público esclarecer que não há, segundo ela, qualquer inspiração no filme “Lolita” em uma recente sessão de fotos para a revista W.
O ruído começou quando um usuário do TikTok apontou semelhanças visuais entre uma das fotos de Sabrina em que ela aparece deitada de bruços, molhada por um aspersor de jardim e uma cena do longa-metragem lançado em 1997, estrelado por Dominique Swain.
A imagem rapidamente viralizou, provocando acusações de que o ensaio flertava com o imaginário estético de uma obra que há décadas é alvo de críticas severas por supostamente romantizar a pedofilia.
Sabrina, direta, negou qualquer ligação: “Nunca assisti a esse filme. Ele nunca esteve entre minhas referências e nunca estaria.”
O posicionamento foi publicado em resposta aos comentários nas redes sociais.
Apesar da negativa, a comparação visual permanece evidente para parte do público, o que reacendeu o debate sobre limites criativos, responsabilidade estética e o quanto artistas devem se posicionar sobre o trabalho de suas equipes neste caso, a fotógrafa nova-iorquina Zoë Ghertner, conhecida por retratar mulheres com naturalidade e força, pode ter feito a referência sem o envolvimento direto da cantora.
Sabrina Carpenter também responde a críticas sobre sexualização em sua carreira
Essa não é a única questão levantada nos últimos dias envolvendo o nome da artista. Em entrevista à Rolling Stone, da qual é capa em sua nova edição — nua, por sinal — Sabrina Carpenter rebateu críticas recorrentes sobre o teor sexual de suas letras e performances.
“É engraçado quando reclamam dizendo que só canto sobre sexo. Mas são essas músicas que vocês colocam no topo das paradas”, afirmou, num tom misto de ironia e frustração.
Ela argumenta que a percepção pública de seu trabalho é enviesada por recortes virais, geralmente os momentos mais ousados de seus shows. “Há muito mais no meu repertório e nas minhas apresentações do que as posições de ‘Juno’, mas são essas cenas que vocês gravam, postam e comentam todos os dias. Isso eu não controlo.”
A artista, que se prepara para o lançamento de um novo álbum, não parece disposta a recuar. Pelo contrário: sua resposta firme aponta para uma postura cada vez mais consciente do seu papel como mulher jovem no pop contemporâneo, onde a linha entre empoderamento e objetificação continua sendo questionada — e muitas vezes mal compreendida.
No fim, Sabrina Carpenter reafirma seu lugar como voz provocadora de sua geração, ainda que, por vezes, suas imagens digam mais do que suas intenções. E nesse jogo entre narrativa, controle de imagem e arte, ela segue enfrentando a maré com a mesma ousadia que a levou ao estrelato.